terça-feira, 13 de agosto de 2013

Emoções luminosas: Fragmento I- Reflexos mutantes- vídeo instalação (RS)


 
 
A iluminadora cênica e diretora Cláudia de Bem faz exibição pública da sua pesquisa autoral intitulada Emoções luminosas, patrocinada pelo Pró Cultura – RS, Fundo de Apoio à Cultura da SEDAC-RS. Sintetizada numa vídeo instalação, a artista traz um olhar sobre o caráter efêmero da luz e sua complexidade de interferência no corpo e no espaço. Nesta primeira exibição poderemos ver o Fragmento I – Reflexos mutantes, um encontro que se estabelece entre o corpo e o reflexo das águas. O entrelace entre a riqueza das formas e movimentos produzem um outro corpo que se funde num novo espaço.   A partir desta conexão, surge um diálogo constante e infinito, onde as palavras se resumem a sentidos e percepção, criando uma abertura a narrativas e interpretações individuais. O processo artístico desta pesquisa teve seu início em 2010 e conta com a participação de vários artistas que colaboraram intensamente para o resultado.  Entre eles estão a cantora e compositora Monica Tomasi na trilha sonora, a bailarina Thais Petzhold  nos movimentos .

 
Ficha técnica
Projeto, investigação e concepção: Cláudia de Bem / Trilha sonora: Monica Tomasi / Performance: Thais Petzhold / Execução, desenho do piso e montagem do espaço: Matheus Grimm e Fernando Ten Coten / Captação de imagens, fotografia e pré-edição de vídeos: Cláudia de Bem / Edição e finalização de vídeos: Pedro Isaias Lucas / Recomendação etária: livre / Duração: 28 minutos

 

Parafuso de algodão (RS)


Dias 15 e 16, às 19h
Teatro do SESC
 
O espetáculo Parafuso de algodão apresenta um conjunto de alucinações cotidianas. São pequenas composições formadas por diferentes elementos e objetos encaixados de forma surreal. Imagens surpreendentes e intrigantes são incorporadas de forma criativa às esquetes mais tradicionais de acrobacia aérea, dança, música e malabarismo, como em um sonho acordado, do real ao absurdo.


Ficha técnica
Direção e concepção: Carina Levitan, Natalia Utz e Renata Nascimento / Elenco: Carina Levitan, Carol Cony, Carol Martins, Cauan Feversani, Guilherme Sanches, Gustavo Thomé, Juliana Coutinho, Letícia Paranhos, Luís Cocolichio, Natália Utz, Pablo Pico e Renata Nascimento / Iluminação: Carolina Zimmer / Trilha sonora e produção musical: Carina Levitan, Guilherme Sanches e Mauro Pogorelsky / Figurino: o grupo / Recomendação etária: livre / Duração: 60 minutos 

O baile dos Anastácio (RS)


Dia 14, às 17h, na Usina do Gasômetro
Dia 15, ao meio-dia, no Parque Farroupilha
Descentralização da Cultura
 
O foco central da narrativa do espetáculo é o desejo de Riograndino Anastácio e sua esposa Minuana de casar a filha e a busca de um pretendente cujos dotes impulsionem os negócios da família. Parábola sobre a devastação ambiental e os jogos de interesses em torno da terra, a peça utiliza como metáfora o casamento arranjado que ignora o desejo da mulher para apresentar personagens como Octávio Farroupilha, um gaúcho de boutique, que trabalha como advogado, mas não passa de um malandro com histórico de grilagem de terra. Ele disputa a mão de Maria Pampiana com outros candidatos, entre eles um anarquista, um empresário e um político, todos apresentados como alegorias dos diferentes interesses em relação à utilização dos recursos naturais da terra. Esses e outros personagens se unem para contar esta fábula repleta de encontros, desencontros, peleias, danças e namoros de forma divertida, dinâmica e bem humorada.
 

Ficha técnica
Direção: Claudia Sachs / Dramaturgia: Luis Alberto de Abreu / Elenco: Giancarlo Carlomagno, Hamilton Leite, Karine Paz, Mariana Hörlle, Paulo Brasil e Paulo Roberto Farias / Trilha sonora: Diego Silveira, Mateus Mapa e Simone Rasslan / Cenografia: Luis Marasca / Figurinos: Alexandre Magalhães e Silva / Recomendação etária: livre / Duração: 55 minutos
 

Medeia vozes (RS)


Do dia 11 ao dia 15
Do dia 18 ao dia 22
Às 19h30min na Terreira da Tribo
 
A abordagem do mito, em Medeia vozes é original e inovadora pelo fato de Medeia não cometer nenhum dos crimes de que Eurípides a acusa. Medeia, a mítica princesa da Cólquida, habita lendas que antecedem os primórdios da civilização grega e que a apresentam como uma mulher poderosa e benfazeja, possuidora e conhecedora dos dons da cura. Uma exorcista da memória recalcada que está na fronteira entre dois sistemas de valor, corporizados pela sua terra natal e pela terra para a qual foge.  Ambas as sociedades, Corinto e Cólquida, apresentam na sua história um sacrifício humano fundamental que serviu para a estabilização do poder patriarcal e Medeia é como um bode expiatório, uma figura de identificação com o sofrimento e a exclusão da mulher. A Medeia do Ói Nóis Aqui Traveiz é pacifista e demonstra a inutilidade de todo processo bélico. Junto à voz de Medeia somam-se às vozes de mulheres contemporâneas, como Rosa Luxemburgo e Ulrike Meinhof, entre outras, que enfrentaram de diferentes maneiras a sociedade patriarcal em várias partes do mundo.
 

Ficha técnica
Criação coletiva da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz inspirada livremente no romance homônimo de Christa Wolf / Roteiro, encenação, cenografia, figurinos e iluminação da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz / Música original: Johann Alex de Souza / Preparação vocal: Leonor Melo / Atuadores: Tânia Farias, Paulo Flores, Clélio Cardoso, Marta Haas, Eugênio Barboza, Jorge Gil, Sandra Steil, Paula Carvalho, Roberto Corbo, Letícia Virtuoso, Mayura Matos, Luana da Rocha, Keter Atácia, Alex Pantera, Geison Burgedurf, Pascal Berten e Pedro Gabriel / Operação de luz e som: Daniel Steil e Márcio Leandro / Recomendação etária: 16 anos / Duração: 210 minutos

Las cuatro esquinas (RS)


Dias 17 e 18, às 19h
Teatro do SESC
 
Em cena três bailarinas e um bailarino formam um corpo de baile, onde se destacam belíssimas performances de grupo que contemplam, além da dança flamenca em si, o uso dos elementos de baile, como os mantóns, as batas de cola, os abanicos e as castanholas, sempre acompanhados do virtuosismo da guitarra flamenca. Além disso, a montagem conta com uma banda flamenca formada por mais sete músicos, que executam ao vivo a trilha composta especialmente para o espetáculo. Com cenário moderno que remete ao movimento e ao desacelerar das ruas de uma cidade, as performances buscam trazer a essência da arte flamenca. O espetáculo é o resultado de mais de dez anos de trabalho da Cia Del Puerto, ecoando em forma de sonho e realidade nas ruas de uma cidade imaginária construída durante esse percurso e conduzindo o público a uma experiência singular: um passeio pelas madrugadas quando a cidade está adormecida, a sensação da tensão dos cruzamentos, o efeito do barulho e do movimento cotidiano.

 
Ficha técnica
Direção geral: Ana Medeiros, Daniele Zill e Juliana Prestes / Direção artística: Juliana Prestes / Coreografia: Ana Medeiros e Juliana Prestes / Elenco: Cia de Flamenco Del Puerto - Giovani Capeletti (músico), Ana Medeiros, Daniele Zill, Juliana Prestes (baile, castanholas e palmas), Juliana Kersting e Tatiana Flores (palmas) / Artistas convidados: Leonardo Dias (flauta), Gustavo Viegas (baixo), João Viegas (percussão), Roberta Campos (musicista), Gabriel Matias (baile e palmas), Diego Zarcón e Fernando de Marília (cante) / Direção musical, arranjos e trilha Sonora Original: Giovani Capeletti /Figurino: Ana Medeiros e Juliana Prestes / Execução de figurino: Riatitá / Iluminação: Leandro Gass / Operador de Som: José Derly / Produção: Daniele Zill / Recomendação etária: livre / Duração: 75 minutos

 

 

Eu estive aqui (RS)


Dias 21 e 22, às 22h
Teatro de Câmara Túlio Piva
 
Inspirada na observação da eterna e infrutífera tentativa humana de aprisionar o tempo, Eu estive aqui é a segunda obra da Trilogia Partituras Brasileiras, da Porto Alegre Cia de Dança. O espetáculo questiona a criação de identidades que delimitam o "sem fronteiras" e mascaram o fato de pertencermos a um organismo vivo, o planeta Terra. Aborda também o aprofundamento da busca humana, independente de local e tempo, e a vontade de perpetuar o momento que, quando representado, já não existe mais. A obra revela um caminho para a transcendência, a entrega com totalidade celebrada pela dança coletiva.
 

Ficha técnica
Direção: Tânia Baumann / Coreografia: Mark Sieczkarek / Direção Técnica e Operação de Som: André Birck / Iluminação: Maurício Moura / Elenco: Carolina Sulczinski, Cátia Ceccarelli, Genises Azevedo, Kyrie Isnardi, Luana Lacerda,  Manoella Brunelli, Marcelo Iunis, Safia, Thiago Rieth  / Trilha sonora: Mark Sieczkarek / Cenário e figurino: Mark Sieczkarek e Tânia Baumann / Confecção de figurino: Neusa e Cleusa Guidotti / Cabelo e maquiagem: Cassiano Pellenz / Produção: Porto Alegre Cia De Dança / Recomendação etária: livre / Duração: 55 minutos



Estremeço (RS)


Dias 11 e 12, às 20h
Teatro Renascença
 
O espetáculo se passa em um estranho cabaré onde, pouco a pouco, o Mestre de Cerimônias revela-se um personagem fragmentado, na medida em que expõe suas ilusões, construídas pelos outros e por ele mesmo a respeito do que possa ser sua visão de mundo e de humanidade, seus sonhos e seus amores. Neste universo, depoimentos dispersos e sem lógica aparente vão compondo o olhar distorcido deste homem que tenta mostrar sua realidade. A obra de Pommerat destrói todas as máscaras, revelando-nos como somos enquanto humanidade. A peça disseca os componentes banalizados do nosso cotidiano e entremeia canções com depoimentos desoladores de pessoas silenciadas, entediadas ou enraivecidas por um mundo desumanizado.
 

Ficha técnica
Direção: Camila Bauer / Texto: Joël Pommerat / Tradução: Giovana Soar / Elenco: Adriane Mottola, Cassiano Ranzolin, Duda Cardoso, Fernanda Petit, Janaina Pelizzon, Lauro Ramalho, Rodrigo Mello e Sofia Salvatori / Trilha sonora e produção musical: Nico Nicolaiewski / Figurino: Cássio Brasil / Cenografia: Elcio Rossini / Iluminação: Luiz Acosta / Produção: Duda Cardoso / Recomendação etária: 14 anos / Duração: 70 minutos

 

 

Coração randevú (RS)


Dias 18 e 19, às 18h
Sala Álvaro Moreyra
 
A montagem de Patrícia Fagundes nos leva a uma jornada pela memória e pela arte em um rendez-vous que reúne corpo e palavra, poesia e ação, reflexão e experiência sensível. Para reviver memórias e celebrar o presente, a dramaturgia parte da obra de um dos maiores poetas de todos os tempos: Fernando Pessoa. São textos seus criados em sala de ensaio, em uma trama que conecta o pessoal e o universal. A trilha sonora combina músicas de Billie Holiday e marchinhas de carnaval. Zé Adão Barbosa canta ao vivo, unindo o ofício de ator com a paixão do cantor. A montagem propõe uma relação de proximidade com o público, investindo na possibilidade do teatro como espaço de encontro.
 

Ficha técnica
Direção: Patrícia Fagundes / Dramaturgia: Patrícia Fagundes e Zé Adão Barbosa, a partir da obra de Fernando Pessoa / Elenco: Zé Adão Barbosa / Trilha sonora: Simone Rasslan / Iluminação: Luiz Acosta / Vídeos: Mauricio Casiraghi / Produção Executiva: Priscilla Colombi, Diego Acauan e Francisco de los Santos / Cenografia e figurino: Zé Adão Barbosa e Patrícia Fagundes / Participação especial (vídeos): Marina Mendo e Rossendo Rodrigues / Recomendação etária: 14 anos / Duração: 60 minutos

 

 

CNPJ- uma comédia totalmente ficcional (RS)


Dias 10 e 11, às 20h
Sala 309 da Usina do Gasômetro
 
Espetáculo irônico e mordaz sobre as relações de poder em um ambiente de trabalho. Qualquer trabalho. Uma metáfora a todo ambiente excessivamente competitivo, onde os limites sempre podem ser ultrapassados. Até onde as pessoas vão para conseguir o que querem? O Teatro Sarcáustico levanta esta questão e traz ao palco um ambiente hostil. A montagem conta com uma estrutura diferente: um reality show é promovido entre os atores para que a equipe do espetáculo eleja o “Melhor Ator”. O elenco é submetido a uma prova diferente – desconhecida pelos atores - a cada dia que irá eliminar um deles, numa disputa que pode levar ao público quatro finais distintos.


Ficha técnica
Direção: Daniel Colin / Texto: Daniel Colin e Thais Fernandes / Elenco: Daniel Colin, Guadalupe Casal, Juliana Kersting e Ricardo Zigomático / Iluminação: Casemiro Azevedo / Trilha sonora: Daniel Colin, Rafael Lopo e Ricardo Zigomático / Figurino: Guadalupe Casal / Cenário: Rodrigo Shalako / Assitência de direção: Thais Fernandes / Direção de atores: Denis Gosch / Contra-regra: Douglas Dias / Produção: Fio Produtora Cultural (Guadalupe Casal e Cristiane Marçal) / Recomendação etária: 14 anos / Duração: 90 minutos

 

Casa das especiarias (RS)


Dias 13 e 14, às 20h
Teatro do Museu do Trabalho
 
Motivada pelas sensações provocadas pelas especiarias, a companhia Terpsí Teatro de Dança faz da instalação coreográfica Casa das especiarias um convite a novas experimentações. Cenário e figurino contam com produtos reciclados e da biodiversidade, manejados tradicionalmente por artesãs agricultoras e pescadoras do Rio Grande do Sul. O espectador é instigado a envolver-se em experimentações despertadas inicialmente pelo olfato e paladar, num espaço repleto de cheiros, sabores, amores e dores. Um lugar de visitas. Ao se apropriar do espaço, a obra traz, além do seu lado acolhedor e provocador de lembranças, uma mistura de linguagens, onde dança, música e projeções se unem.  


Ficha técnica
Direção e Concepção: Carlota Albuquerque / Elenco: Angela Spiazzi, Raul Voges, Francine Pressi, Gelson Farias, Edson Ferraz e Natália Karam / Trilha sonora original: Vagner Cunha / Trilha sonora pesquisada: Carlota Albuquerque / Edição e mixagem de trilha pesquisada: Murilo Assenato / Iluminação: Guto Grecca / Cenário: Raul Voges e Terpsí Teatro de Dança / Cenotécnico: Paulinho Pereira / Figurino: Anderson de Souza / Interferências visuais: Darjá Cardozo / Equipe de Produção: Cia. Terpsí Teatro de Dança e S.O.S Daughters (Anita & Clara) / Criação de Imagens e Fotos: Claudio Etges / Recomendação etária: 12 anos / Duração: 65 minutos

 

 

A serpentina ou meu amigo Nelson (RS)


Dia 21, às 15h
Casa do Artista Rio-grandense
ENTRADA FRANCA
Descentralização da Cultura
 
O espetáculo de rua inspirado na última peça de Nelson Rodrigues, A serpente é marcado pelo tom farsesco e tem como referência o universo do Carnaval. O trabalho busca experimentar uma linguagem diversa para contar a história das irmãs Guida e Lígia: enquanto Guida é feliz com seu esposo, Lígia vive a decepção de um casamento infeliz. A fim de ajudar a irmã que pensa em morrer, Guida lhe oferece o seu próprio marido para que passem uma noite juntos. Depois desse acontecimento, em uma noite de Carnaval, nada mais será como antes.
 

Ficha técnica
Direção: Evelise Mendes / Texto: Grupo Pindaibanos, baseado na obra de Nelson Rodrigues / Elenco: Alexandre Borin, Evelise Mendes, Fabiana Santos, Fábio Cuelli, Marcelo Pinheiro, Plínio Marcos Rodrigues e Tefa Polidoro / Trilha sonora: o grupo / Figurino: Létz Pinheiro e grupo / Cenário: Gyan Celah e grupo / Preparação musical: Fábio Cuelli / Produção: Viviane Falkembach - Íris Produções / Recomendação etária: 16 anos / Duração: 50 minutos

 

A noite árabe (RS)


Dias 20 e 21, às 19h
Teatro do Goethe
 
Na noite árabe de Schimmelpfennig os personagens vivem mal acordados como em um sonho, onde a realidade lhes escapa e se mistura com a fantasia ou, às vezes, pesadelo. Os mesmos encontros repetidos à distância do tempo da morte, que está à espreita. Duas mulheres, três homens e um edifício residencial. Muitos átomos cruzando e colidindo desesperadamente, tentando anexar os seus desejos, sua solidão e semear seus destinos menos anônimos. Um beijo seria suficiente, mas como encontrar os melhores lábios no labirinto dos corredores, do elevador...pequenos pensamentos obsessivos concretos, que desnecessariamente se segregam.


Ficha técnica
Direção: Alexandre Dill / Texto: Roland Schimmelpfennig / Elenco: João Pedro Madureira, Thainá Gallo, Emanuele de Menezes, Igor Pretto e Gabriel Faccini / Trilha sonora: Pedro Petracco / Cenário: Bruno Salvaterra / Figurino: Fabrizio Rodrigues / Iluminação: Igor Pretto / Preparação vocal: Lígia Motta / Direção de fotografia e vídeo: Gabriel Faccini e Pedro Henrique Risse / Assistência de direção: Filippi Mazutti / Operação e montagem de luz: Daniel Fetter / Operação de som: Vicente Vargas / Mapeamento de videos: Maurício Casiragi / Operação de Vídeo: Matheus Wathier / Produção: Palco Aberto Produtora / Recomendação etária: 14 anos / Duração: 55 minutos

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Natalício Cavalo (RS)

Dias 7 e 8, às 22h
Teatro de Câmara Túlio Piva
 
Segunda edição da Trilogia Festiva, da Cia Rústica de Teatro, o espetáculo lança um olhar festivo à experiência da mortalidade, entendendo que vida e morte são parte de um só movimento. Natalício vive suas vidas e várias mortes em aventuras poéticas pelos caminhos do sul, um anti-herói que vaga entre a cidade e o pampa durante o século XX, celebrando a vida e encontrando a morte em mais de uma esquina. Vida, morte e memória se encontram na trama de trajetórias que atravessa a composição dramatúrgica: a do próprio Natalício - que já está morto -, e a dos atores e personagens que buscam reconstituí-la, tecendo fragmentos e imaginando o que não sabem. Uma celebração do tempo e dos espaços que habitamos, e que outros habitaram antes de nós.

Ficha técnica: 
Direção e dramaturgia: Patrícia Fagundes / Elenco: Heinz Limaverde, Marina Mendo, Lisandro Bellotto, Priscilla Colombi, Rossendo Rodrigues e Marcelo Mertins / Trilha sonora: Arthur de Faria / Preparação musical: Simone Rasslan / Cenografia: Rodrigo Shalako / Figurino: Daniel Lion / Vídeos: Maurício Casiraghi / Assistência de direção: Anderson Belotto e Maurício Casiraghi / Direção de Produção: Patrícia Fagundes / Iluminação: Lucca Simas / Recomendação etária: 14 anos / Duração: 85 minutos

Música de cena- Arthur de Faria e trupe


Dia 5, às 19h
Teatro do SESC
 
Música e artes cênicas dividem o palco em um repertório repleto de canções que foram trilha sonora de filmes e peças de teatro. Executadas por uma grande e animada trupe, conduzida pelo o maestro e compositor Arthur de Faria, sob a direção Áurea Baptista,  Música de cena foi surgindo aos poucos: primeiro a compilação das músicas, depois a vontade de juntá-las em dois álbuns, um com trilhas de cinema outro com trilhas de teatro e, por fim, a ideia de colocá-las, antes disso, em um palco, acompanhadas por quem entende muito do assunto: músicos e atores, com seus figurinos e maquiagens, misturando os climas de peças como Solos Trágicos, Wonderland e o que Michael Jackson encontrou por lá, Natalício Cavalo, O casamento do grande mágico Maycon Estallone, Os Plagiários – uma adulteração ficcional sobre Nelson Rodrigues, Marxismo, ideologia e rock´n´roll e Antígona, entre outras. O resultado? Um bando. Uma festa. E todos estão convidados!
 

Ficha técnica
Concepção e músicas: Arthur de Faria/ Direção: Áurea Baptista. Elenco: Diego Steffani, Marina Mendo, Frederico Vittola, Gustavo Susin, Jéferson Rachewsky, Marcello Crawshaw, Pingo Alabarce, Valquiria Cardoso e Ursula Collischonn / Iluminação: Wander Wildner/ Duração: 1h15 minutos / Recomendação etária: 14 anos

Arquivo- Instância 5 (RS)


Dias 5 e 6, às 18h
Sala Álvaro Moreyra
 
O espetáculo é composto por resgates e adaptações do arquivo de pesquisas do grupo. E se toda a obra tem uma mensagem a Cia. Matheus Brusa levanta a questão: quão conscientes estão as influências de cada pesquisa e o que elas podem representar e/ou apresentar. Estudos flutuantes, móveis e abertos a atualizações: assim os integrantes da companhia definem suas pesquisas, que realizam há sete anos na arte contemporânea. “Sempre existe algo a ser explorado. É uma brincadeira sem fim”, reflete o diretor Matheus Brusa.
 

Ficha técnica
Direção e coreografia: Matheus Brusa / Elenco: David Cruz, Diego Santos, Isadora Martins, Caroline Menegon, Emily Leczynski, Natalia Colombo, Matheus Brusa, Mateus Bicca Sabbi, Guilherme Rosset, Lucas Chini e Vinicius Lazzari / Produção e iluminação: Katherine Brusa / Recomendação etária: 12  anos / Duração: 50 minutos

Conjunto Folclórico Internacional Os Gaúchos- 54 anos de arte e cultura pelo mundo (RS)


Dia 22, às 18h
Theatro São Pedro
 
Há 54 anos, o grupo “Os Gaúchos” pesquisa e divulga a arte folclórica dos povos através da música e da dança. O espetáculo é dividido em seis blocos e se inicia com uma performance em homenagem ao Rio Grande do Sul. Nos demais blocos são apresentadas as origens e influências vindas do Paraguai, México e Argentina - representada pela Valsa -, seguidos de um bloco sobre a Revolução Farroupilha do ponto de vista das mulheres e finalizando com um pout-pourri de danças folclóricas, que se destacou no Festival da Turquia em 2012. No intervalo entre os blocos serão executadas músicas ao vivo.
 

Ficha técnica
Músicos: André Mainieri Flores, Estevão Paz, Felipe Pilla Severo, Gilberto Aguiar, José Francisco Flores, Luiz Antonio de Azambuja e Otávio Senna / Dançarinos: Alexandra Coda, Alexandre Grivicich da Silva, Alice Manieri Flores, Andéia Gottardo, Bruna Martins, Bruno Steffani Caovilla, Cássio Antônio Caldart, Clara Litvin, Diogo Lopes Fogaça, João Roberto Fernandes, Kauê Kaleshi Carvalho, Laura Ruschel Ferreira, Leonardo Carlos, Lucas Souza de Oliveira, Lucélia Adami Nunes, Luiza Castilhos de Oliveira, Maria Eduarda Dreyer de Alencastro, Rosane Farina Pires, Susiane Möller Dias e Thaís Stefanski Chaves / Produção musical: André Mainieri Flores / Direção musical: André Mainieri Flores / Figurino: Amélia Maristany Mayer e Alexandre Grivicich / Recomendação etária: livre / Duração: 60 minutos

Teatro- Clown (Chile)


Viaje - dia 19, às 19h
Chejoviando - dia 20, às 19h
El payaso y su doble - dia 21, às 19h
Teatro do SESC
 
A Cia. Teatrocirco de Oscar Zimmermann, um dos pioneiros do teatro clown no Chile e atualmente um de seus principais divulgadores, traz ao festival três montagens de seu repertório, Chejoviando, Viaje e El payaso y su doble, possibilitando ao público, assistir a cada dia, uma das montagens. Viaje, no dia 19, narra as aventuras de um palhaço por diferentes países para se reencontrar com seu filho na Rússia. Munido somente de sua bagagem, em que guarda diferentes instrumentos musicais, faz o público viajar por uma geografia de músicas e gestos característicos de cada país. Em Chejoviando, dia 20, Lomov vai pedir a mão de Natália, depois de viver toda uma vida como vizinhos. Este fato se transforma em um “jogo cômico” que nos propõe situações absurdas, patéticas, poéticas que, apesar dos anos, seguem se repetindo. El payaso y su doble dia 21, coloca em cena um homem que é ator e palhaço que, no dia de seu aniversário nº 55, impulsionado por uma última e recente humilhação, decide terminar com sua condição de palhaço da maneira mais dramática: suicidando-se. Para explicar às pessoas sua decisão começa a contar uma série de marcos de sua existência que teriam um caráter de um destino tragicômico. Estes momentos atravessam a história do país nos últimos 40 anos, dando lugar a dois mundos cênicos: o aqui e agora de Oscar, o ator e o mundo da fantasia de Maletín, o palhaço.

 
Ficha técnica
VIAJE – Direção e concepção: Oscar Zimmermann / Recomendação etária: 5 anos / Duração: 50 minutos // CHEJOVIANDO  – Direção: Oscar Zimmermann / Elenco: Beatriz Yánez, Kristian Cáceres, Isabel Orellana e Oscar Zimmermann / Cenário e adereços: Armando Tapia / Iluminação: Guillermo Ganga / Figurino: Macarena Quezada / Trilha sonora: Francisco Sánchez / Assistência de direção: Marcela Paz Silva / Recomendação etária: 10 anos / Duração: 60 minutos // EL PAYASO Y SU DOBLE – Direção: Christian Ortega / Ideia original: Oscar Zimmermann / Dramaturgia: Carlos Genovese / Elenco: Oscar Zimmermann, Isabel Orellana, Kristian Cáceres e Enzo Gnecco / Cenografia: Belén Abarza / Trilha sonora: Andreas Bodenhofer / Figurino: Pablo de la Fuente / Produção: Niza Solari e Rossana Soto / Recomendação etária: 10 anos / Duração: 90min // Produção Geral Embaixada de Teatro Clown Chile no Brasil: Roberto Gacitúa / Projeto financiado pelo Ministério das Relações Exteriores e o Conselho Nacional da Cultura e das Artes do Governo do Chile.

 

Aos nossos filhos (SP)



Dias 4 e 5, às 20h
Teatro Renascença
 
As relações familiares contemporâneas formam o tema central do espetáculo Aos nossos filhos, que aborda, mais especificamente, o embate de mãe e filha. Com texto de Laura Castro e direção de João das Neves, a montagem leva pela primeira vez aos palcos brasileiros a atriz portuguesa Maria de Medeiros, conhecida mundialmente por sua atuação no filme Pulp fiction, de Quentin Tarantino. O espetáculo é uma das apostas da 20º do Porto Alegre em Cena. Em uma noite de inverno, a filha, Tânia, 35 anos, chega na casa da mãe para contar que sua companheira já há 15 anos está grávida do primeiro filho do casal, concebido por inseminação artificial e doador anônimo. A mãe, Vera, é uma mulher de 60 anos, atualmente solteira, que teve três casamentos, dois dos quais com filhos e ajuda até hoje a criar também os enteados - filhos do último marido. A notícia causa um choque inicial, pois apesar de ter sempre respeitado a relação da filha, não imaginava que fosse possível que concebessem filhos. De uma primeira surpresa, seguida de uma forçada comemoração e algumas taças de vinho, as dificuldades com a situação começam a emergir enquanto os transtornos de uma infância com muitas casas, lugares e padrastos também surgem na memória de Tânia. Uma noite de conflito e de encontros é a catarse necessária para duas mulheres quando uma efetivamente se dá conta que está se tornando mãe e a outra, avó.

 
Ficha técnica
Direção: João das Neves / Texto: Laura Castro / Elenco: Maria de Medeiros e Laura Castro / Piano: Filipe Bernardo / Iluminação: Paulo César Medeiros / Cenário e figurinos: Rodrigo Cohen / Programação visual: André de Castro / Produção executiva: Renata Peralva / Direção de produção: Marta Nóbrega - JLM Produções Artísticas / Recomendação etária: 14 anos / Duração: 90 minutos


As levianas em Cabaré Vaudeville (PE)


Dias 9, 10 e 11, às 19h
Teatro do SESC
 
Quatro palhaças participam de uma audição para um espetáculo musical, mas, como não são aprovadas no teste, resolvem montar uma banda em homenagem às grandes divas da música, como Edith Piaf, La Lupe, Nina Simone e Billie Holiday. Porém, como boas palhaças que são, elas acabam trazendo músicas da pesquisa individual de cada uma e privilegiando o brega cult, com canções de Sidney Magal, Marquinhos Moura e Tina Charles.  As Levianas, então, assumem o seu repertório particular e tocam, cantam e se divertem com a premissa do humor de bom gosto.  É um espetáculo leve, divertido e contagiante, que desde 2011 vem rodando por vários festivais nacionais e internacionais como o Clownin, na Áustria. Foi indicado a onze categorias no Festival Janeiro de Grandes Espetáculos, em Recife.
 

Ficha técnica
Direção, texto, trilha sonora e produção musical: Cia Animée / Elenco: Enne Marx (Mary En), Juliana de Almeida (Baju), Nara Menezes (Aurhelia) e Tamara Floriano (Tan Tan) / Direção de arte: Marcondes Lima / Figurino: Marcondes Lima e Cia Animée / Assessoria artística e de criação: Enne Marx / Off: Juliana de Almeida / Piano: Rosemary Oliveira / Iluminação: Luciana Raposo / Operador de som: Marco da Lata /  Recomendação etária: 14 anos / Duração: 60 minutos

Monoblock, poemas e textos sem eloquência de Juan José Gurrola (México)

Dias 13, 14 e 15, às 19h30min
Teatro Bruno Kiefer

Uma bela parceria com a Bienal do Mercosul presenteia o público do Porto Alegre em Cena com o espetáculo Monoblock. Cada vez mais conectadas, as artes cênicas, o cinema e as artes visuais, revelam surpresas como esta: uma peça em três atos onde o multifacetado artista mexicano Juan José Gurrolanos conduz o público a uma caminhada pela Rua Bucareli – não coincidentemente o nome do tratado assinado entre Estados Unidos e México que proibia a fabricação de monoblocos. Lá ele se vê às voltas com a negra peça automotiva e, em seguida, escreve um poema e alguns textos dedicados a essa vivência que são lidos por Tina French durante um evento, enquanto um refrigerador industrial congela o monobloco localizado em seu interior. No terceiro momento Gelson Gas, com a câmera pronta, empunha o objeto encontrado por Gurrola. O artista mexicano é arquiteto, diretor de cinema e rádio, ator de teatro, cenógrafo, dramaturgo, pintor e fotógrafo.
 

Ficha técnica
Monoblock, Poemas e textos sem eloqüência de Juan José Gurrola / Com Flor Edwarda Gurrola, Tina French e Mauricio Marcin / Coreografia: Ruby Tagle / Escultura: Reproducão de Monoblock de Juan José Gurrola / Cenografia: Reprodução da original de Barbara Wasserman / Recomendação etária: livre / Duração: 45 minutos

Viúva, porém honesta (PE)


Dias 18, 19 e 20, às 19h30min
Teatro Bruno Kiefer
 
O espetáculo do Grupo Magiluth, coletivo teatral que desenvolve pesquisa continuada de linguagem desde 2004 em Recife, é baseado na farsesca peça de Nelson Rodrigues, vencedora do Prêmio APACEPE nas categorias: melhor diretor, melhor ator (Erivaldo Oliveira) e melhor espetáculo do ano de 2012. A trama se desenrola a partir da morte prematura do marido da filha do diretor de um dos mais influentes jornais do país, atropelado por uma carrocinha de picolé. A partir deste fato, ele tenta convencer a menina, de apenas quinze anos, a retomar sua vida e casar novamente, mas a tarefa não é fácil. Ele contrata então uma ex-prostituta, um psicanalista e um otorrinolaringologista, todos charlatães, para dissuadi-la da ideia de viver sozinha e incentivá-la a um novo casamento. O grupo aposta no despojamento da cena e na precariedade dos elementos, o que impulsiona os atores ao jogo teatral. Todos os personagens são revezados pelos cinco atores que executam a montagem dirigida por Pedro Vilela.

 
Ficha técnica
Direção, iluminação e sonoplastia: Pedro Vilela / Texto: Nelson Rodrigues / Elenco: Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Lucas Torres, Pedro Wagner e Mário Sérgio Cabral / Direção de arte: Simone Mina / Montagem técnica: Thiago Liberdade / Produção: Grupo Magiluth / Produção executiva: Mariana Rusu /Recomendação etária: 16 anos / Duração: 80 minutos

 

Extasis (Uruguai)

Dias 13, 14 e 15, às 22h
Teatro de Câmara Túlio Piva
 
A direção precisa de um dos maiores diretores uruguaios na atualidade e o texto contundente de Mike Leigh instigam as plateias por onde passa a montagem Extasis. O espetáculo retrata o convívio de quatro amigos trabalhadores que vivem aparentemente alegres na Londres de Margaret Thatcher, mascarando suas angústias e tristezas. Seu único ponto de contato com a realidade é o pub que frequentam após as dez horas diárias de trabalho, e é lá que, numa sexta-feira como qualquer outra, resolvem fazer uma pequena festa particular. Entre muito álcool, humor e afeto, evidenciam o conflito ante a iminência do desemprego que assola o país e a solidão inerente a todos e da qual não conseguem escapar. Extasis foi vencedor do Prêmio Florencio 2012, no Uruguai, em quatro categorias: melhor espetáculo, direção, ator (Gustavo Alonso) e trilha sonora.


Ficha técnica
Direção, tradução e adaptação: Jorge Denevi / Texto: Mike Leigh / Elenco: Marina Rodríguez, Félix Correa, Alicia Alfonso, Gustavo Alonso, Pablo Dive e Guadalupe Pimienta / Trilha sonora: Alfredo Leirós / Produção musical: La Tía Producciones / Figurino: Dante Alfonso / Iluminação: Leonardo Hualde / Cenografia: Rodolfo da Costa / Fotografia e direção de arte: Alejandro Persichetti / Produção e assistência de direção: Claudio Lachowicz / Assistência de tradução: Sandor Percovich / Recomendação etária: 15 anos / Duração: 80 minutos

 

Dez mil seres (Portugal)


Dias 17, 18 e 19, às 22h
Teatro de Câmara Túlio Piva
 
Há 12 anos o grupo Dançando com a Diferença trabalha com a Dança Inclusiva e cria belos espetáculos unindo pessoas com e sem deficiência nos seus elencos. Através do trabalho desenvolvido utilizando como base o conceito e as práticas criadas por Henrique Amoedo, eles são hoje referência para muitas companhias ao redor do mundo, que se espelham na sua filosofia e no seu grande potencial artístico. Dez mil seres é o seu mais novo espetáculo. Criado pela renomada coreógrafa portuguesa Clara Andermatt, é um espetáculo onde se busca a percepção dos pormenores, do espaço, e do tempo. O despertar dos sentidos, a descoberta de novos sentidos e o questionamento daquilo que aparente não tem sentido. É o aproximar-se das “Coisas!” numa espécie de viagem labiríntica ao desconhecido.


Ficha técnica
Direção e coreografia: Clara Andermatt / Música original: Jonas Runa / Poema fonético baseado em Ursonate de Kurt Schwitters / Colaboração na dramaturgia e estereogramas: Jonas Runa / Elenco: Aléxis Fernandes, Bárbara Matos, Joana Caetano, Mickaella Dantas, Pedro Alexandre Silva, Sofia Marote e Telmo Ferreira / Figurinos e desenho de luzes: Maurício Freitas / Assistente de ensaios: Ana Raquel Silva / Execução de figurino: Fátima Trindade / Direção artística da AAAIDD e do GDD: Henrique Amoedo / ACCCA - Entidade beneficiária de Apoio à Internacionalização das Artes – DGArtes 2013 / Recomendação etária: livre / Duração: 50 minutos
 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

As canções que você dançou pra mim (RJ)


Dias 9, 10 e 11, às 22h
Teatro de Câmara Túlio Piva
 
O espetáculo dirigido e coreografado por Alex Neoral, da Focus Cia de Dança, traz à cena todo o romantismo proveniente das canções de Roberto Carlos. No palco, quatro casais cantam, dançam e interpretam um grande pout-pourri que envolve 72 canções do cantor, misturando sentimentos e revisitando sucessos, como Detalhes, Splish Splash, Calhambeque e Fera ferida, entre outros. Os bailarinos colocam música e dança em perfeita sintonia, emocionando e contagiando o público. As canções que você dançou pra mim foi eleito pelo Jornal O Globo como um dos dez melhores espetáculos de 2011 e, em 2012, entrou no guia da Folha de São Paulo como um dos três melhores espetáculos em originalidade e simplicidade.

 
Ficha técnica
Direção e coreografia: Alex Neoral / Elenco: Alex Neoral, Carol Pires, Clarice Silva, Cosme Gregory, Lucas Nunes, Marcio Jahu, Marisa Travassos e Mônica Burity / Direção de palco: Wellison Rodrigues / Pesquisa musical: Alex Neoral / Figurino: André Vital / Iluminação: Binho Schaefer / Operação de luz: Phelipp Raposo / Produção: Tatiana Garcias / Recomendação etária: livre / Duração: 55 minutos

 

Circo negro (PR)


Dias 4, 5 e 6, às 22h
Teatro de Câmara Túlio Piva
 
A CiaSenhas de Teatro traz a Porto Alegre o espetáculo Circo negro, dramaturgia do argentino Daniel Veronese, um texto-manifesto que coloca em discussão a própria representação a partir do jogo dos atores. Construído através de sequências de imagens potentes do universo circense, esse instigante trabalho prende a atenção dos espectadores que reconhecem nele temas e situações criadas por quatro atores. Eles assumem a função de intérpretes e explicitam mecanismos do jogo teatral através da apresentação de conflitos e de demonstrações de estados emocionais, gestos e técnicas de atuação. Juntos, todos vivenciam situações em que misturam a realidade teatral e a ficção, os gêneros épico e dramático. Com humor no limite da crueldade, as cenas discutem sobre relações humanas, valores éticos, manipulação da verdade e a relação com a plateia. Daniel Veronese é um dos autores mais aguardados no Porto Alegre em Cena. Esteve presente no festival com diversas montagens elogiadas pelo público e pela crítica.


Ficha técnica
Direção: Sueli Araujo / Texto: Daniel Veronese / Tradução: André Carreira / Assistente de direção: Anne Celli / Elenco: Ciliane Vendruscolo, Greice Barros, Luiz Bertazzo e Rafael di Lari / Direção de movimento: Cinthia Kunifas / Sonoplastia: Ary Giordani / Iluminação: Wagner Correa / Figurino: Amábilis de Jesus / Cenário: Paulo Vinícius / Produção e maquiagem: Marcia Moraes / Realização: CiaSenhas de Teatro / Recomendação etária: 18 anos / Duração: 60 minutos



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Peep classic Ésquilo (SP)


Dias 16, 17 e 18, às 20h
Teatro Renascença
 
Pela primeira vez na história uma companhia encena todas as peças do mais antigo autor de teatro: Ésquilo. Dentro de um cubo formado por linhas metálicas, sem qualquer trilha sonora, os atores dão vida de forma surpreendente aos textos criados na Grécia antiga. Peep classic Ésquilo é mais do que um espetáculo, é um evento criativo e desafiador que teve amplo sucesso de público e crítica, sendo eleita a melhor estreia nacional de 2012. São seis obras em três dias – As suplicantes e Os persas, no primeiro; Sete contra Tebas e Prometeu, no segundo; e Oresteia I e II, no último –, o que possibilita ao público uma experiência rara e de imenso alcance artístico e filosófico, através de uma estética imprevisível que dialoga com obras de arte atemporais e que desencadeia diversas reações nos espectadores.
 

Ficha técnica
Direção, tradução e adaptação: Roberto Alvim / Texto: Ésquilo / Elenco: Juliana Galdino, Paula Spinelli, Gabriela Ramos, Martina Gallarza, Bruno Ribeiro, Fernando Gimenes, Marcelo Rorato, Renato Forner e Ricardo Grasson / Figurino: Juliana Galdino / Iluminação: Roberto Alvim / Produção Executiva: Marcelo Rorato / Recomendação etária: 16 anos / Duração: 50 minutos (cada dia)

 

Mandinho (RS)


Dia 14, às 20h
Teatro Renascença
 
O espetáculo Mandinho - “criança pequena” no gauchês falado na fronteira com o Uruguai - é a recriação cênica das canções do disco infantil homônimo de Leandro Maia. Com doze composições, o espetáculo musical ao vivo conta com a participação do autor em interação com bonecos e outras formas animadas, manipuladas pela Cia Gente Falante. As letras das canções estabelecem personagens e situações ligadas à infância de forma lúdica e inteligente, abordando temas ligados à vida familiar e social de forma rica e divertida. Tanto situações cotidianas quanto histórias fantasiosas nutrem o trabalho, marcado pela magia e sensibilidade que contagia o público pela forte presença de brasilidade, em ritmos como samba, baião, maçambique, maracatu, frevo, valsa, afoxé, milonga e chamamé e ritmos de outros países como polca, tango, candombe e chacarera. O show conta com participações especiais de André Mehmari, Simone Rasslan, Luiz Ribeiro e Álvaro RosaCosta, além do elenco de músicos e atores-manipuladores.
 

Ficha técnica
Direção: Maria Fonseca Falkembach / Autor: Leandro Maia / Elenco: Leandro Maia, Thiago Colombo, Fábio Mentz, Felipe Karam, Edu Pacheco, Paulo Martins Fontes, Eduardo Custódio, Marilize Obregón, Nil Gomes, Paulo Gaiger e Rogério Constante / Participações especiais: André Mehmari, Simone Rasslan, Álvaro RosaCosta e Luiz Ribeiro / Cenário e Ilustrações: Rodi Núñez / Iluminação: Fernando Ochôa / Música: Leandro Maia / Figurinos: Manuela Gastal / Bonecos e outras formas animadas confeccionadas e manipuladas pela Cia Gente Falante  / Realização: Leandro Maia e Cia Gente Falante / Recomendação etária: livre / Duração: 50 minutos

Eudóxia de Barros (SP)


Dia 13, às 20h
Teatro Renascença
 
Pertencente à Academia Brasileira de Música, a pianista se dedica desde a infância ao estudo de compositores brasileiros e tomou como missão pessoal influenciar o meio artístico para difundir a música nacional. Considerada hoje a maior pianista clássica brasileira, Eudóxia apresenta um recital didático no qual discorre sobre o compositor, a música, e toca um repertório variado com Mozart, Chopin, Liszt, Osvaldo Lacerda (seu falecido marido) e Lorenzo Fernandes. No roteiro da apresentação está ainda Ernesto Nazareth, cujo centenário a artista festejou com o lançamento do LP Ouro sobre azul, há 50 anos, quando introduziu um novo jeito de tocar suas composições.


Ficha técnica

Direção e atuação: Eudóxia de Barros / Recomendação etária: Livre / Duração: 80 minutos

O beijo no asfalto (PE)


Dias 7, 8 e 9, às 20h
Teatro Renascença
 
A direção de Cláudio Lira para a famosa peça de Nelson Rodrigues, O beijo no asfalto, respeita o texto original e acrescenta hábitos contemporâneos, como pertinentes referências às redes sociais e às inserções de imagens e vídeos na internet. Num paralelo ao imediatismo atual, suprime algumas referências cariocas, universalizando essa estória, passível de ocorrer no centro de qualquer outra grande cidade. A trama mostra a reviravolta na vida de um jovem após socorrer - e beijar - um desconhecido que fora atropelado, causando grande repercussão na mídia. O espetáculo se desenrola numa vertiginosa sucessão de quadros com estética cinematográfica e aborda preconceito, hipocrisia e a facilidade com que a opinião pública é manipulada pela imprensa.
 

Ficha técnica

Direção: Cláudio Lira / Texto: Nelson Rodrigues / Elenco: Andrêzza Alves, Arthur Canavarro, Daniela Travassos, Eduardo Japiassu, Ivo Barreto, Lano de Lins, Pascoal Filizola e Sandra Rino / Participações em vídeo: Cardinot, Clenira de Melo, Cira Ramos, Márcia Cruz, Renata Phaelante, Sônia Bierbard e Vanda Phaelante / Voz da locução: Gino Cesar / Música Final: Lêda Oliveira (voz) e Artur Fabiano (piano) / Direção de vídeo cenário: Tuca Siqueira / Iluminação: Luciana Raposo / Cenário: Claudio Lira / Figurino: Andrêzza Alves e Claudio Lira /  Maquiagem: O grupo (Orientação de Lano de Lins e Pascoal Filizola) / Direção musical e preparação vocal: Adriana Milet e Hugo Lins / Orientação de Movimento: Sandra Rino / Produção Executiva: Renata Phaelante e Andrêzza Alves / Recomendação etária: 16 anos / Duração: 90 minutos

A mulher que matou os peixes (França)


Dia 4, às 18h e às 20h
Teatro do SESC
 
Uma mulher adorável que sabia segurar o cigarro entre os dedos médio e anelar. Uma cronista como ninguém antes conseguiu ser. Longe da formatação padronizada da mídia e da pressão da atualidade, ela possui uma audição refinada e cívica das preocupações dos seus leitores. Inspirado nesta figura, o diretor Bruno Bayen apresenta Clarice Lispector, um dos maiores nomes da literatura brasileira do século XX. Essa mulher, "um destino geográfico", nas palavras do diretor, levou a história para além da elegância e empurrou a notícia ao conto surrealista, navegando as considerações de um motorista de táxi com recomendações práticas para seus filhos. A oralidade singular que a caracteriza incentivou o diretor a levar ao palco essa personagem, confiada à atriz Emmanuelle Lafon. O título peculiar A mulher que matou os peixes, é extraído de um conto infantil, no qual Lispector confessa ter esquecido de alimentar os peixes de seu filho.
 

Ficha técnica
Direção e adaptação: Bruno Bayen / Texto: Clarice Lispector / Elenco: Emmanuelle Lafon e Vladimir Kudryavtsev / Colaboração artística e iluminação: Philippe Ulysse / Figurino: Renata S. Bueno / Cenografia: Sabrina Montiel-Soto / Produção e divulgação: Amélie Philippe / Recomendação etária: Livre / Duração: 75 minutos

Oh, os belos dias (SP)


Dias 20, 21 e 22, às 20h
Teatro Renascença
 
Atores como Sandra Dani e Luiz Paulo Vasconcellos, que acompanham e se fundem com a trajetória do Porto Alegre em Cena, não podiam faltar na programação desta edição comemorativa. Seu mais recente trabalho está na programação do Festival, numa direção de Rubens Rusche, grande pesquisador do teatro contemporâneo, com vasto conhecimento sobre a obra do dramaturgo irlandês Samuel Beckett.
“Todo o teatro de Beckett, sem exceção, é para mim um retorno ao teatro na sua pureza, ao teatro enquanto teatro, em que o ser humano se encontra integralmente presente em todos os seus dilemas”, observa Rusche. Oh, os belos dias – no original Happy days - é uma peça intrigante em dois atos, onde, num cenário desértico, banhado por uma luz clara e intensa, emerge o tronco de uma mulher, Winnie, enterrada até a cintura. Brutalmente despertada por um som estridente e metálico, Winnie se dedica a suas tarefas cotidianas, como se sua situação fosse absolutamente normal, e fala sem cessar com seu marido, Willie, que permanece oculto e calado na maior parte do tempo. A peça recebeu o prêmio do 17º Cultura Inglesa Festival.
 
 
Ficha técnica
Texto: Samuel Beckett / Direção e tradução: Rubens Rusche / Elenco: Sandra Dani e Luiz Paulo Vasconcellos / Cenografia: Ulisses Cohn / Iluminação: Wagner Freire / Figurinos e visagismo: Leopoldo Pacheco / Aderecista: Viviane Ramos / Cenotécnico: Fernando Brettas / Assistente de direção: Cláudia Maria de Vasconcellos / Produção executiva: Johanna Rusche / Fotografia: Jean-Charles Mandou / Vídeo: Samuel Rusche / Coordenação geral: Rubens Rusche. Recomendação etária: 14 anos. Duração: 110 minutos (intervalo de 10 minutos)