terça-feira, 30 de agosto de 2011

Caio Fernando Abreu no Porto Alegre em Cena

Dia Caio F
Local: Lugar Maior – Felipe Camarão 224 – Bom Fim
dia 12 de setembro, às 18h30min
12 de setembro é o dia do nascimento do escritor Caio Fernando Abreu. O Porto Alegre em Cena celebra a data com o lançamento do livro 360 Graus: Inventário astrológico de Caio Fernando Abreu, de Amanda Costa. Além da clássica sessão de autógrafos, haverá leitura de textos de Caio F. pelos atores Deborah Finocchiaro e Marcos Breda. E ainda vídeos, fotos e trilha sonora de Caio F.

“Cada dia e cada coisa têm sua cota de mel e de espinho. (...) todas as coisas nos ensinam que são o que são - neste plano, pura ilusão. A questão, e é sobre isso que escrevo, é que existem outros planos. Uma das funções da literatura, para mim, é tentar desvendar esses planos, sejam eles emocionais, psicológicos, econômicos, históricos, espirituais: abrir janelas sobre a incompreensível imensidão e contemplá-la. Depois, cantar.” (Caio F.)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Cida Moreira faz participação especial no show de Carlos Villalba

A cantora Cida Moreira fará uma participação especial no show do músico argentino Carlos Villalba, dias 17 e 18 de setembro, às 20 horas, no Teatro Renascença. Quem quiser conferir essa participação de luxo de uma das maiores cantoras do Brasil, não pode perder tempo: ainda há ingressos à venda. 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Encontros para o espectador crítico

De 12 a 23 de setembro, segundas, terças, quintas e sextas das 12h30min às 14h
no Departamento de Arte Dramática da UFRGS - Rua General Vitorino 255 - CENTRO
ENTRADA FRANCA

Dando continuidade à proposta de debater sobre os espetáculos do festival, o Porto Alegre Em Cena convida o público para um bate-papo sobre forma e conteúdo entre artistas, espectadores e especialistas convidados.

MEDIAÇÃO: Valmir Santos - Jornalista cultural desde 1992. Edita o site Teatrojornal - leituras de cena e publica reportagens e críticas na revista Bravo!. Escreveu para a Folha de São Paulo por dez anos. Autor de históricos dos núcleos Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (RS), Armazém Companhia de Teatro (RJ), Parlapatões (SP) e Grupo XIX de Teatro (SP). Curador do Festival Recife do Teatro Nacional em 2011. Mestre pelo Programa de Artes Cênicas da USP.

Dia 12 de setembro
segunda-feira
Debate sobre o espetáculo Amar, da Argentina, com a participação do diretor do espetáculo, Alejandro Catalán, com o tema "Aproximações do teatro com o cinema: o desenho de luz e gestualidade como recursos narrativos que potencializam a criação dos atores".
Participação de Roger Lerina, jornalista, colunista do jornal Zero Hora e crítico de cinema.



Dia 13 de setembro
terça-feira
Debate sobre o espetáculo Viúvas- performance sobre a ausência, com a participação dos atores Paulo Flores e Tânia Farias, com o tema "A memória de um cidadão funde-se à do lugar onde ele vive: ressignificação do espaço histórico e o redimensionamento artístico do teatro político".
Participação de Mário Maestri, historiador e professor do curso de História e do Programa de Pós-Graduação em História da UPF/RS.



Dia 15 de setembro
quinta-feira
Debate sobre o espetáculo Dentro da noite, com a participação do diretor Ney Matogrosso e do ator Marcus Alvisi, com o tema "A literatura através do teatro ou o ponto de equilíbrio entre a palavra impressa e o verbo cênico a partir da máxima do francês Antonin Artaud de que “Teatro é a poesia no espaço”".
Participação de Clóvis Massa, professor de Teoria e História do Teatro da UFRGS. Doutor em Letras na área de Teoria da Literatura (FALE/PUCRS), com estágio doutoral na Université Paris 8 – Saint-Denis).


 
Dia 16 de setembro
sexta-feira
Debate sobre o espetáculo Histórias de amor líquido, com a participação do diretor Paulo José e das atrizes Bel Kutner e Ana Kutner, com o tema "A liquefação das relações afetivas e sociais nos tempos que correm: transposição para o teatro da obra Amor Líquido– sobre a fragilidade dos laços humanos, do sociólogo alemão Zygmunt Bauman".
Participação de Donaldo Schüler, professor aposentado em Língua e Literatura Grega da UFRGS e do Curso de Pós-Graduação em Filosofia da PUCRS.



Dia 19 de setembro
segunda-feira
Debate sobre o espetáculo A história do homem que ouve Mozart e da moça do lado que escuta o homem, com a participação do diretor Luiz Antônio Rocha e dos atores Roberto Birindelli e Adriana Zattar, com o tema "Uma reflexão sobre a incomunicabilidade em contraste com os ruídos que poluem o cotidiano: fronteiras entre corpo e alma, consciência e existência".
Participação de Catarina Leite Domenici, Doutora e Mestre em Performance pela Eastman School of Music, onde recebeu o Performer's Certificate e o Prêmio Lizie Teege Mason.



Dia 20 de setembro
terça-feira
Debate sobre o espetáculo O fantástico reparador de feridas, com a participação do diretor Domingos Nunez e dos atores Fernando Paz, Mariana Muniz e Walter Breda, com o tema "O teatro irlandês contemporâneo na voz dos personagens de Brian Friel: o drama de seres errantes numa sociedade dilacerada ".
Participação de Mariana Lessa de Oliveira, pesquisadora e tradutora, com trabalhos traduzidos de Friel e do folclore da cultura irlandesa.



Dia 22 de setembro
quinta-feira
Debate sobre o espetáculo Blackbird, com a participação da diretora Margarita Musto e dos atores Levón e Jimena Pérez, com o tema "Memória vivida e memória inventada: as defesas de apagamento de quem foi vítima e a dissimulação de quem agrediu na abordagem do tema incômodo da pedofilia".
Participação de Jane Felipe de Souza, pesquisadora e professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS, com especialidade em pedofilia e pedofilização como prática social contemporânea.



Dia 23 de setembro
sexta-feira
Debate sobre o espetáculo Agreste malvarosa, com a participação da diretora Ana Teixeira e da atriz Millene Ramalho, com o tema "Fábula sobre a ignorância, o preconceito e o amor incondicional: manifesto poético numa encruzilhada que confronta o imaginário nordestino e o discurso limítrofe das sexualidades vigentes".
Participação de Fernando Seffner, pesquisador e professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS, voltado à questão de gênero, masculinidade e identidade, antropologia do corpo e vulnerabilidade social.

Painel com criadores

Uma nova atividade formativa completa a programação do Porto Alegre Em Cena em 2011. “Painel com Criadores” apresenta quatro encontros com importantes pensadores e realizadores teatrais, convidados a discutir o teatro contemporâneo, a partir de suas experiências e concepções. Confira a programação:

Apresentação: Clóvis Massa (Professor de Teoria e História do Teatro - UFRGS. Doutor em Letras na área de Teoria da Literatura (FALE/PUCRS), com estágio doutoral na Université Paris 8 – Saint-Denis) e Camila Bauer (Diretora teatral e professora de teoria e dramaturgia - UFRGS. Doutora em Ciências da Comunicação e Informação - Bruxelas e Universidade de Sevilha).
Sempre às 15h no Departamento de Arte Dramática da UFRGS - Rua Salgado Filho, 340 ENTRADA FRANCA


Dia 09 de setembro (sexta-feira):
O PAPEL DO DRAMATURGO NO TEATRO CONTEMPORÂNEO:
TRADIÇÕES, RUPTURAS, DESDOBRAMENTOS
O conceito de Pós-Dramático e sua substituição pela ideia de “Dramáticas do Transhumano”.
com Roberto Alvim – Autor, diretor e professor de Artes Cênicas. Escreveu e dirigiu 20 peças, encenadas no Brasil, França, Argentina e Suíça. Atualmente leciona dramaturgia na SP Escola de Teatro, no Núcleo de Dramaturgia SESI - Curitiba e na USP. Dirige a companhia Club Noir, sediada em São Paulo, desde 2006. Foi o vencedor do Prêmio Bravo!, em 2009, por sua encenação da peça O quarto, de Harold Pinter.


Dia 16 de setembro (sexta-feira):
A EXPERIMENTAÇÃO NO TEATRO – uma provocação para se pensar o lugar da experimentação na atividade teatral, marcada por seu caráter efêmero
com Moacir Chaves – Diretor teatral e ator, professor do Departamento de Direção Teatral da Uni-Rio, instituição onde concluiu seu mestrado. Começou sua carreira profissional no Grupo Tapa. Entre seus espetáculos mais conhecidos estão Esperando Godot, Fausto, Utopia, Ovo Frito e Bugliaria, trabalho que lhe rendeu os prêmios Governador do Estado de Melhor Direção e Melhor Espetáculo.



Dia 23 de setembro (sexta-feira):
GRUPO TAPA: 32 ANOS DE EXPERIÊNCIA DE TEATRO DE GRUPO
com Eduardo Tolentino – Diretor e fundador do Grupo Tapa. Dirigiu diversos espetáculos ao longo das mais de três décadas da companhia, entre eles Mandrágora, Vestido de noiva e Executivos. É a primeira vez que a companhia vem ao Porto Alegre Em Cena, com o espetáculo Credores.


Dia 24 de setembro (sábado):
O SHAKESPEARE DO GALPÃO E DOS CLOWNS
com Gabriel Villela – Diretor Teatral. Dirigiu premiados espetáculos como Romeu e Julieta, do Grupo Galpão, o qual foi apresentado inclusive no Globe Theatre, em Londres, A Vida é sonho, A falecida, Mary Stuart, entre outros. Assina ainda a direção de óperas, espetáculos de dança, música e um especial para televisão. Recebeu mais de trinta prêmios, sendo nove Prêmios Shell. Foi diretor artístico do Teatro Glória (RJ) e do TBC (SP).


Painel com Alain Platel
Dia 14/09 às 15h no Centro Cultural CEEE Erico Veríssimo
Entrada franca
A Cia Les Ballets C de la B oferece uma mistura singular de visões artísticas.
De um universo único, onde "o sórdido e o magnífico, o público e o íntimo, ternura e ironia, violência e vulnerabilidade se entrelaçam em uma mistura única do trivial e o sagrado, o grotesco e o sublime" (Adolphe JM).
Em um cenário de perguntas e respostas de 2 horas, Alain Platel, diretor e coreógrafo belga, um dos mais reconhecidos na dança contemporânea, tentará explicar o que gerou o "estilo" do Les Ballets C de la B. Um estilo popular, anárquico, eclético e comprometido sob o lema: "Essa dança faz parte do mundo e o mundo pertence a todos".

Cabaré do Ivo

Cabaré do Ivo
Dia 7, às 23h - Sala Álvaro Moreyra
ENTRADA FRANCA

Cabaré do Ivo é uma espécie de “coquetel infernal” preparado com fragmentos de sete peças de Ivo Bender pelo Grupo Experimental de Teatro da SMC. “Coquetel” porque o roteiro oferece sabores de comédia, drama, melodrama, tragédia – gêneros teatrais em que o dramaturgo gaúcho transita com sua peculiar maestria. “Infernal” porque também traz as costumeiras pitadas do vasto conhecimento do autor sobre mitologia nas mais diversas culturas. Nos moldes do tradicional teatro de revista brasileiro e tendo como fio condutor o Cabaré de Maria Elefante, são apresentadas ao público cenas curtas sobre vampiros, demônios, criminosos, uma morta-viva milagreira, dois travestis (Jean Harlow e Rita Hayworth); a hilária cena de um juiz embriagado que, em plena audiência de separação, sentencia ao casal (em litígio): um ménage à trois (em que ele, o próprio juiz, seria a terceira ponta do triângulo). Todas essas histórias inusitadas e muito mais! Pois Ivo Bender é um escritor “fabuloso” (ao pé da letra e da palavra!). Tem o domínio, o poder da “fábula”, o dom de contar histórias como ninguém. Além de O cabaré de Maria Elefante, o Cabaré do Ivo reúne cenas de Mulheres Mix, Quem roubou meu anabela?, Surpresa de verão, Sexta-feira das paixões, A ronda do lobo- 1826 e As cartas marcadas ou Os assassinos.

FICHA TÉCNICA

Autor: Ivo Bender
Roteiro e Adaptação: Grupo Experimental de Teatro e Mauricio Guzinski
Elenco: Amanda Novinski, André Gazineu, Dinorah Araújo, Juçara Gaspar, Naiara Harry, Paula Souza, Samanta Sironi e Silvana Ferreira (atores selecionados para o experimento Ivo Bender do GET/SMC, realizado a partir de outubro de 2010)
Figurinos e Adereços Cênicos: Lara Coletti e Marina Schuch
Maquiagem e Cabelos: Fabrízio Rodrigues
Iluminação: Carmem Salazar SEOTE/SMC
Operação de Som: Denis Moreira de Souza
Trilha Sonora: Marcelo Delacroix e o Grupo
Produção: o Grupo e CAC/SMC
Direção de Atores: Laura Backes CAC/SMC
Direção Coreográfica: Carlota Albuquerque
Direção Musical: Marcelo Delacroix
Direção Geral: Mauricio Guzinski CAC/SMC
Duração: 1h40min

Exposição Ivo Bender, o Senhor das Letras

IVO BENDER, O SENHOR DAS LETRAS – exposição

Exposição de 7 a 25 de setembro de 2011, de terça a sexta das 10h as 19h e sábado das 11h às 18h
Local: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (Rua dos Andradas, 1223)

Registros fotográficos das montagens das peças de Ivo Bender, depoimentos de artistas, amigos do dramaturgo e críticos literários, abarcando a diversidade da obra do escritor que transita, com liberdade, tanto pelo texto dramático em suas diferentes fases – tragédia e comédia, realismo fantástico e teatro político, musical e infantil – quanto pelo ensaio e pela prosa.

Curadoria: Betha Medeiros e Raquel Pilger
Vernissage: 07 de setembro de 2011 (quarta-feira) às 16h30

ENTRENÓS, curta metragem documental sobre Ivo Bender

ENTRENÓS
Curta metragem documental / colorido / legendado / duração 15 minutos / Porto Alegre, 2011
Lançamento: dia 7 de setembro de 2011 (quarta-feira) às 16h

Projeções contínuas: 8 a 25 de setembro, de terça a sexta das 10h às 19h e sábado das 11h às 18h
Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (Rua dos Andradas, 1223)


ENTRENÓS é um curta-metragem documental narrado através de depoimentos sobre a vida e a obra de Ivo Bender – o mais importante dramaturgo gaúcho em atividade – por artistas, admiradores e amigos, em uma sensível homenagem a este homem de teatro que completou, em 2011, 75 anos de vida e 50 dedicados à arte de escrever para o palco.
 
 
Participações de Deborah Finocchiaro, Diones Camargo, Fernanda Petit, Gisele Cecchini, Luiz Paulo Vasconcellos, Marcelo Ádams, Mauricio Guzinski, Raquel Pilger, Sandra Dani e o próprio autor.

 
Direção Geral: Dani Israel e Pedro Marques
Direção de Imagens: Guilherme Pires e Matheus Brum
Produtores: Elisa Webber (BF), Joice Rossato, Laura Backes e Liége Biasotto (CAC/SMC)
Co-produção: Geração Produções
Produção: Bactéria Filmes
Realização: Coordenação de Artes Cênicas e 18º Porto Alegre em Cena
Secretaria Municipal da Cultura / Prefeitura de Porto Alegre
 

Ivo Bender- 50 anos de teatro

Neste ano, Ivo Bender, o mais importante dramaturgo gaúcho em atividade, completou 50 anos de teatro e 75 anos de vida. Autor de peças que marcaram a história do teatro feito em Porto Alegre, no Brasil e no exterior (Sexta-feira das paixões, Queridíssimo canalha, Quem roubou meu anabela?, Trilogia perversa e tantos outros). O site oficial do autor – www.ivobender.com – além de permitir acesso a diversos de seus textos, revela seu contundente pensamento sobre o teatro nos dias de hoje:

“Que teatro escrever, é a pergunta que novamente retorna. Como denunciar, como atacar um sistema visivelmente nocivo ao homem? Como trabalhar com as questões que se nos apresentam, sem retornar ao surrado teatro de panfleto e sem ter de fazer uma enfadonha dramaturgia de tese? A pergunta é de difícil resposta e qual o modo mais eficaz para denunciar o terror e a miséria neo-liberais no Brasil, só o tempo poderá apontar.” (Ivo Bender por Ivo Bender)

A Secretaria Municipal da Cultura, comemorou o cinquentenário do autor, de 23 a 29 de maio, realizando a Semana Ivo Bender – 50 anos de Teatro – composta por uma exposição, leituras dramáticas e um experimento cênico a partir da obra do dramaturgo, além do lançamento do Prêmio Ivo Bender – Bolsa de incentivo à criação dramatúrgica – criado em parceria com o Goethe Institut. O evento foi frequentado por 727 pessoas. A Semana se tornou pequena para as dimensões do homenageado. Diante disso, a Coordenação de Artes Cênicas e o 18º Porto Alegre em Cena, decidiram dar continuidade às comemorações do cinquentenário de Ivo Bender através de atrações gratuitas: um curta metragem documental, uma exposição e um espetáculo teatral baseado em fragmentos de várias das peças de Ivo. 
Confira nos próximos posts mais detalhes.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Últimos dias para inscrições nas oficinas gratuitas do 18° Porto Alegre em Cena

Apenas até a próxima segunda-feira, dia 15 de agosto, estarão abertas as inscrições para as oficinas do Em Cena. Acesse o site do festival http://www.poaemcena.com.br/ e preencha sua ficha de inscrição. Para saber quais oficinas serão oferecidas, é só clicar em http://poaemcena.blogspot.com/2011/08/oficinas-do-18-porto-alegre-em-cena.html

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pterodáctilos

Pterodáctilos – RJ
Dias 17, às 21h e 18, às 18h – Salão de Atos da UFRGS

Comédia violenta e provocadora, a peça trata de uma família rica e disfuncional rumo à extinção e, por extensão, à extinção da espécie. Alcoolismo, depravação sexual, violência, abandono e outros temas tabus ganham uma entonação coloquial através do humor dilacerante e dos diálogos curtos e diretor do autor Nicky Silver. Na descrição precisa de Daniela Thomas, que assina a cenografia, um espetáculo de doer o estômago, porque tanto provoca o riso frouxo quanto a contração nervosa. Dirigido pelo consagrado Felipe Hirsch, a peça apresenta um elenco luxuoso, onde se destacam os nomes de Marco Nanini, pela primeira vez participando do Em Cena, e Mariana Lima. Uma ficha técnica do primeiríssimo time do teatro brasileiro promete um espetáculo inesquecível e perturbador.

Texto: Nicky Silver / Tradução: Érica Migon e Úrsula Migon / Direção e Adaptacão: Felipe Hirsh / Elenco: Marco Nanini, Mariana Lima, Alamo Facó e Felipe Abib / Figurino: Antônio Guedes / Iluminação: Beto Bruel / Trilha sonora: André Paixão / Direção de cena: Beto Mota / Operação de som: Randal Juliano / Operação de luz: André Coletti / Cenotécnico: Denis Nascimento / Contra-regra: Clayton Marques / Camareira: Regiane Bierrenbach / Produção executiva: Carolina Tavares e Igor Biondi / Direção de Produção: Fernando Libonati / Realização: Pequena Central / Duração: 1h20min / Classificação: 16 anos

Pequeno inventário de impropriedades

Pequeno inventário de impropriedades - SC
Dias 22, 23 e 24, às 22h – Teatro de Câmara

Um homem vive dentro de um cotidiano previsível e repetitivo até que um acontecimento muda o rumo de sua vida. Saindo de uma vida ordinária, ele descobre o poder da violência latente dos dias em que vivemos. Ficção e realidade se misturam até que a plateia não consegue distinguir onde uma começa e outra termina. O processo de construção do texto do espetáculo, assinado por Max Reinert, para a Téspis Cia. de Teatro, durou oito meses e foi acompanhado pelo dramaturgo Roberto Alvim, um dos mais conceituados nomes surgidos na cena teatral brasileira, o que garante um resultado inquietante e inovador à encenação. Para aqueles que gostam de qualidade e experimentação na mesma medida.

Texto: Max Reinert / Direção: Denise da Luz / Elenco: Max Reinert / Figurino: Denise da Luz / Iluminação: Bruno Girello / Ambientação sonora: Hedra Rockenbach / Edição de vídeos: Vitor Zimmermann / Máscara: Cidval Batista Jr. E Gerson Presa / Fotografia: Núbia Abe e Aline de Goés / Operação de luz: Vitor Zimmermann / Operação de som e projeção: Aline de Góes / Duração: 45min / Classificação: 16 anos

Tartufo

Tartufo
Dia 19, às 19:30 – Escola Municipal Emílio Meyer – Região 9 - Glória
Dia 21, às 20h – Salão Paroquial da Igreja São José do Murialdo – Região 7 - Partenon

Tartufo é uma das comédias mais famosas da língua francesa de todos os tempos. A peça aborda de maneira cômica as relações humanas que envolvem aqueles que utilizam a fé para adquirirem o poder e a ascensão social. Orgon, respeitado cidadão, vê sua fortuna e sua família ruírem por culpa do personagem título, que deseja tão somente utilizar-se da boa vontade de todos para prometer um céu que nem mesmo ele acredita existir. Confusões, surpresas e muitas canções fazem parte da montagem, que sucede O Avarento, no projeto As Três Batidas de Molière, realizado pelo Grupo Farsa.

Texto: Molière / Direção: Gilberto Fonseca / Assistência de direção: João Pedro Madureira / Elenco: Ariane Guerra, Bruno Hypólito, Carlos Azevedo, Elison Couto, Laura Leão, Lucia Bendati, Marcos Chaves, Plínio Marcos Rodrigues, Tefa Polidoro e Vinicius Meneguzzi / Figurino: Daniel Lion / Iluminação: Gilberto Fonseca e Carlos Azevedo / Trilha sonora: Marcos Chaves / Banda cênica: Rímel in color / Realização: Grupo Farsa / Financiamento: Fumproarte / Duração: 1h / Classificação: 14 anos

O ruído branco da palavra da noite

O ruído branco da palavra da noite – SP
Dias 14, 15 e 16, às 20h – Teatro do SESC

A peça parte de cartas trocadas entre artistas que participaram do período de formação do Teatro de Arte de Moscou - como Tchekhov, Stanislavski, Górki e Meyerhold, entre outros, reunidas no livro O cotidiano de uma lenda – cartas do Teatro de Arte de Moscou, de Cristiane Layher Takeda. Um grupo de atores no palco transita entre a criação da ilusão cênica e o desnudamento do jogo teatral, através de diferentes cenas, onde personagens das peças de Tchekhov se misturam ao universo pessoal dos missivistas e dos próprios atores, construindo uma sólida discussão sobre a criação artística e sua relação com diferentes aspectos da vida cotidiana. O jogo entre quem escreve e quem recebe as cartas enviadas estabelece uma conversa inquieta, com abordagens semelhantes ou complementares de todos os envolvidos por essa dramaturgia, cujo resultado é um fascinante espetáculo de teatro.

Texto e direção: Caetano Gotardo e Marina Tranjan / Elenco: Caetano Gotardo, Camilo Schaden, Gilda Nomacce, Marcos Gomes, Mariana Corazza e Marina Tranjan / Figurino: Anne Cerutti e Fernando Zuccolotto / Desenho de luz: Nelson Kao / Assistência de direção: Felipe Diniz / Consultoria teórica: Cristiane Layher Takeda / Produção: Companhia Auto-Retrato / Duração: 1h30min / Classificação: Livre

Tablao

Tablao
Dia 12, às 19:30 – EMEF Vila Montecristo – Região 12 - Centro-Sul

A força da dança e da música, “baile, cante e guitarra”, tríade que forma a identidade flamenca, são a base do espetáculo. Tablao apresenta cinco bailarinas que, além da dança, executam ao vivo coros e percussão, acompanhadas do poderoso cante flamenco de Sonia Bento e da guitarra virtuosa de Giovani “El Gringo” Capeletti. Com cenário inspirado nos cafés cantantes e tablados de flamenco, o espetáculo busca trazer a essência dessa arte através da atmosfera intimista dos antigos “tablaos”.

Direção e concepção: Cia de Flamenco ‘Del Puerto’ / Direção musical e Guitarra Flamenca: Giovani Capeletti / Cante: Sonia Bento / Coreografias: Andrea del Puerto, Ana Medeiros, Daniele Zill, Juliana Prestes e Miguel Alonso / Baile, coro e palmas: Ana Medeiros Daniele Zill, Juliana Prestes, Juliana Kersting e Tatiana Flores / Percussão: Marcelo Vasconcellos / Iluminação: Fabrício Simões / Operação de luz: Leandro Gass / Operação de som: Zé Derli/André Winowski / Produção: Daniele Zill e Juliana Kersting / Duração: 1h15min / Classificação: Livre

Mônicas

 
Mônicas - RS/PE
Atração de encerramento / Entrega Troféu Braskem
Dia 26, às 21h - Teatro do Bourbon Country

O show de encerramento do festival, na tradicional entrega dos prêmios locais - o Troféu Braskem, reunirá duas cantoras que, até então, viviam em cidades muito distantes uma da outra, Recife e Porto Alegre, e não se conheciam. A reunião das duas Monicas é uma ideia do coordenador geral do festival, Luciano Alabarse. Sobre o show, inédito, ele diz:

- Sou fã de Monica Feijó, que o público gaúcho não conhece. Asseguro que a cantora e atriz vai surpreender a todos. Monica tem uma voz linda, é muito cuidadosa com suas produções, se faz acompanhar de excelentes músicos. Queria que sua apresentação em Porto Alegre fosse saudada como mais uma demonstração do relacionamento próximo que estamos estabelecendo com os artistas pernambucanos. Para que a festa fosse completa, imaginei que deveria repartir o palco com um músico gaúcho, estabelecendo claramente nossa intenção. O nome de Monica Tomasi veio quase naturalmente, como primeira e única opção para o encontro. Não só porque dividem o mesmo nome, mas porque o universo musical de ambas apresentam muitos pontos comuns. São duas cantoras e compositoras interessadas em oferecer ao público muita informação, inteligência e alegria. Em blocos individuais, ou repartindo um repertório comum, tenho a certeza de que será uma noite de encantamento e surpresa. As Monicas são demais!
É para não perder, diz Luciano, porque o show vai arrebentar.

O fantástico reparador de feridas

O fantástico reparador de feridas – SP
Dias 19, 20 e 21, às 20h – Teatro do SESC

Três personagens, quatro monólogos e a história de uma trupe que viaja por cidadezinhas do interior, apresentando um número que se situa na fronteira entre a representação teatral e o culto religioso de cunho sobrenatural. Frank é um homem que vive atormentado por possuir um dom sobre o qual não tem nenhum controle e que tenta aplacar suas dúvidas com doses colossais de uísque. Grace, advogada e filha de juiz aristocrata, acusa, defende e busca comprovações para seu estado mental. Teddy, empresário de artistas decadentes, transita entre a frieza profissional e a admiração por Frank. Juntos, os três tentam sobreviver cobrando ingressos de inválidos em apresentações das quais podem sair curados. O texto, assinado por Brian Friel, é uma oportunidade única para conhecer a obra do mais famoso dramaturgo da Irlanda. O grupo responsável pela montagem, a Cia Ludens, fundada em 2002, tem esse nobre intuito de pesquisar e montar textos teatrais irlandeses no Brasil e estabelecer um diálogo entre as duas culturas. Desempenhos precisos, economia de recursos cênicos e dramaturgia afiada credenciam o espetáculo para merecer máxima atenção do público do Em Cena.

Texto: Brian Friel / Direção: Domingos Nunez / Elenco: Walter Breda, Mariana Muniz e Fernando Paz / Figurino: Chico Cardoso / Iluminação: Aline Santini / Cenografia: Cia Ludens / Trilha sonora: Ricardo Severo / Operação de som e luz: Luz López / Direção de produção: Julio Cesar Pompeo / Produtora associada: Beatriz Kopschitz X. Bastos / Duração: 1h40min / Classificação: 14 anos

Pessoas III – as memórias

Pessoas III – as memórias
Dia 18, às 20h – SABEM Belém Novo – Região 13 - Extremo Sul

Terceira parte da trilogia Pessoas, em continuidade ao trabalho acerca da obra de Fernando Pessoa e seus heterônimos, em um espetáculo repleto de dança e poesia, onde a palavra percorre os domínios do corpo. Espetáculo de dança contemporânea, dirigido ao público jovem e adulto, coreografado e dirigido por Ivan Motta. Os poemas de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa, estão ligados entre si, como por um fio que, ao ser tocado, inevitavelmente altera suas posições. As personagens manifestam uma vontade de viver independente da idéia de seu criador, onde bailarinos e bailarinas representam o autor, seus heterônimos e personalidades, tão vivos como nós e tão fictícios quanto eles.

Direção e coreografia: Ivan Motta / Elenco: Beto Volkmann, Didi Pedone, Letícia Paranhos, Mariano Neto, Rossana Scorza, Alexandre Rittmann e Cristiano Carvalho / Sonorização: André Birck / Iluminação: Arco Íris Iluminação / Produção: Lucida Cultura/Luka Ibarra / Realização: Companhia H / Financiamento: Fumproarte /Duração: 50min / Classificação: 12 anos

9 mentiras sobre a verdade

9 mentiras sobre a verdade
Dia 16, às 22h – Teatro de Câmara Túlio Piva

O novo trabalho da Cia. Teatro Líquido investe na construção de uma dramaturgia original, voltada às questões fundamentais para o nosso tempo. O espetáculo aborda o tema da identidade, da dificuldade de reconhecer a si próprio em meio às tendências do mundo hipermoderno, globalizante e virtualizado. Considerando as inúmeras máscaras - ou avatares - que vestimos para podermos nos comunicar, nos protegendo ou revelando, aborda também nossas pequenas esquizofrenias cotidianas e as mentiras que criamos para sobreviver na babel dos dias de hoje. Vanise Carneiro, a única intérprete da encenação, ganhou o Troféu Açorianos de Melhor Atriz de 2010 ao encarnar Lara, uma atriz de sucesso no cinema, uma dona de casa cheia de desejos que colore sua realidade, misturando fatos, memórias e imaginação.

Texto: Diones Camargo / Direção: Gilson Vargas / Atuação: Vanise Carneiro / Iluminação: Fernando Ochôa / Som e vídeos: Gabriela Bervian / Trilha original: Gabriela Bervian e Gilson Vargas / Realização: Teatro Líquido / Duração: 1h / Classificação: Livre

O mapa_Cristóvão 400

O mapa_Cristóvão 400
Dia 20, às 21h – Tepa – Região 16 - Centro

O espetáculo tem como mote a apropriação de um prédio histórico e a ocupação total de seu espaço. Usando como ponto de partida o livro O céu que nos protege, de Paul Bowles, a história do casal Kit e Port é contada de maneira fragmentada. O público é dividido em dois grupos e segue por percursos diferentes – o Caminho dos Espelhos, que conta a história sob o ponto de vista de Kit, e o Caminho do Tempo, que privilegia a ótica de Port. O movimento das cenas obedece a lógica do omitir-revelar: em cada caminho obtemos apenas detalhes de cada personagem. O mesmo acontece com o espaço do prédio, percorrido de maneira diversa por cada caminho. O grupo Teatro Geográfico se concentra na pesquisa sobre espaço como agente principal na criação cênica – um espaço totalizante, impondo-se com sua fisicalidade e sua história.

Dramaturgia: Diones Camargo e Tatiana Vinhais / Direção: Tatiana Vinhais / Elenco: Carol Kern, Diego Bittencourt, Fabrizio Gorziza, Francine Kliemann, Frederico Vasques, Lucas Sampaio, Manoela Wunderlich e Pablo Damian / Guias: Anderson Sales e Yuri Niederauer / Trilha sonora, cenografia e iluminação: Teatro Geográfico / Figurinos: Letícia Pinheiro e Isadora Fantin / Assistência de figurino: Greta Assis / Locuções: Alexandre Kumpinski / Fotos e operação de vídeo: Luiza Mendonça / Duração: 1h30min / Classificação: 14 anos

O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas

O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas - PE
Descentralização: dia 07, às 20h – SEST/SENAT – Região 1 - Humaitá/Navegantes
Descentralização: dia 08, às 19:30 – ULBRA Concórdia – Região 2 - Noroeste
Dias 09, 10 e 11, às 22h - Teatro de Câmara

A peça, inspirada em folhetim do pernambucano Carneiro Vilela, dá conta da história de uma moça que teria sido emparedada viva pelo próprio pai depois que este descobre sua gravidez escondida, no Recife do final do século XIX. A montagem pernambucana, amparada na mais deliciosa linguagem de melodrama circense, ganha um tom de hilariante paródia, em um espetáculo de gargalhadas garantidas, que mistura referências da cultura pop com a linguagem popular do circo. Somente algumas características do romance original são mantidas, ponto de partida para um espetáculo de irreverente linguagem cênica, onde os clichês mais presentes em folhetins e novelas são o mote para essa encenação muito elogiada pela crítica e que leva, literalmente, o público a chorar de tanto rir. Ritmo alucinante, figurinos cuidados, produção impecável garantem a leveza dessa obra com jovens nomes do teatro pernambucano.

Texto: Trupe Ensaia Aqui e Acolá / Direção: Jorge de Paula / Elenco: Andréa Veruska, Andréa Rosa, Iara Campos, Marcelo Oliveira, Jorge de Paula e Tatto Medinni / Cenário: Jorge de Paula / Figurino: Marcondes Lima / Iluminação: Sávio Uchoa / Operação de luz: Luciana Raposo / Direção de atores: Ceronha Pontes / Operação de som: Juliana Montenegro / Fotos: Priscilla Buhr / Produção: Karla Martins / Duração: 1h30min / Classificação: 12 anos

5 tempos para a morte

5 tempos para a morte
Dia 17, às 22h – Teatro de Câmara Túlio Piva

Nesse novo trabalho da UTA (Usina do Trabalho do Ator), o tema central é a inevitável e fundamental questão da morte, não apenas como fim, mas também como começo, tempo e viagem. O grupo quer falar da vida mais do que da morte. Em cenas fragmentadas, o cômico e o melancólico se misturam para traçar pedaços de muitas vidas. A morte aparece como metáfora do fim da inocência, da memória e do esquecimento, como remorso e paixão. Espetáculo construído a partir de diferentes processos de improvisação, conduz o espectador em elementos oníricos, singelos e, por vezes, absurdo ao apresentar personagens, tipos, alegorias e os próprios atores contando fragmentos de vida. Cinco atores ou cinco personagens? A vida entornada no teatro, um palco inflamado, jogo fugaz, intermitente, cristalizando num átimo de segundo um todo de tempo, um tempo de sempre, eterno. Censura livre.

Texto: Criação coletiva / Direção: Gilberto Icle / Assistência de direção: Shirley Rosário / Elenco: Celina Alcantara, Ciça Reckziegel, Dedy Ricardo, Gisela Habeyche e Thiago Pirajira / Figurino e cenografia: Chico Machado / Iluminação: Bathista Freire / Operação de som: Betha Medeiros / Operação de luz: Shirley Rosário / Preparação vocal: Marlene Goidanich / Músicas: Flávio Oliveira / Produção executiva: Anna Fuão / Financiamento: Fumproarte /Duração: 1h25min / Classificação: Livre

Ninguém falou que seria fácil

Ninguém falou que seria fácil - RJ
Dias 19, 20 e 21, às 22h – Teatro de Câmara

Relações em constante transformação. Um jogo de amarelinha para adultos. Um espetáculo ácido e afetuoso e que mistura o cotidiano e o inusitado em uma estrutura fragmentada que inclui filmes franceses dos anos 70, dança contemporânea, dramas familiares, exercícios metalinguísticos e fábulas para crianças. No espetáculo, uma discussão de casal inicia um vertiginoso jogo de troca de papéis. A peça traz as relações familiares para o centro da arena. O quanto ainda temos da criança que fomos um dia? O que nos motiva a sair de casa e virar adultos? Como aprendemos a dividir e conviver com os outros? Entre as marcas de Ninguém falou que seria fácil estão o humor, a ironia, os jogos de linguagem e as brincadeiras anárquicas de desconstrução das convenções teatrais. Um espetáculo arrebatador, que certamente surpreenderá o público do Porto Alegre em Cena.

Texto: Felipe Rocha / Direção: Alex Cassal / Co-direção: Felipe Rocha / Elenco: Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello / Assistência de direção: Ignácio Adulante / Figurino: Antônio Medeiros / Iluminação: Tomás Ribas / Trilha sonora: Rodrigo Marçal / Direção de movimento: Alice Ripoll / Colaboração na criação: Mariana Provenzano / Cenário: Aurora dos Campos / Operação de som e luz: Ignácio Aldunate / Direção de produção: Henrique Mariano / Realização: Foguetes Maravilha / Duração: 1h30min / Classificação: 14 anos

Labirinto

Labirinto - RJ
Dias 07, 08 e 09, às 21h – Teatro do CIEE

O espetáculo carioca reúne três textos - As relações naturais, A separação de dois esposos e Hoje sou um e amanhã outro - do célebre dramaturgo gaúcho Qorpo-Santo, todas mostrando a impotência do ser humano diante do paradoxo de uma estrutura social que o impede de viver de forma plena. O encenador Moacir Chaves, um dos mais aclamados diretores do teatro brasileiro, busca explorar ao máximo as possibilidades cênicas dessas obras pouco montadas - mas que continuam contundentes e atuais, pois os personagens de Qorpo-Santo mostram homens em choque com suas pulsões e desejos, envolvidos pelas hipocrisias institucionais da sociedade. Para o público gaúcho, é uma oportunidade ímpar de (re) ver e refletir sobre a obra desse extraordinário autor que desenvolveu seu trabalho aqui, em Porto Alegre.

Texto: Qorpo-Santo/ Direção: Moacir Chaves / Elenco: Adriana Seiffert, Andy Gercker, Danielle Martins de Farias, Denise Pimenta, Diego Molina, Elisa Pinheiro, Fernando Lopes Lima, Gabriel Delfino, Gabriel Gorosito, Katiuscia Canoro, Leonardo Hinckel, Mariana Guimarães e Pâmela Côto / Figurino: Inês Salgado/ Iluminação: Aurélio de Simoni / Cenário: Fernando Mello da Costa / Trilha sonora: Tato Taborda / Realização: Alfândega 88 Cia. De Teatro / Produção executiva: Danielle Martins de Farias, Diego Molina e Mariana Guimarães / Duração: 1h30min / Classificação: 14 anos

Wonderland – e o que M. Jackson encontrou por lá

Wonderland – e o que M. Jackson encontrou por lá
Dia 15, às 20h – Usina do Gasômetro

Recheado de referências pop, a montagem dirigida por Daniel Colin utiliza a vida e obra do “Rei do Pop” Michael Jackson para apresentar um espetáculo visualmente impactante, com músicas cantadas ao vivo pelo elenco. A temática central do espetáculo traz à discussão a questão da formação da identidade do artista: da liberdade conceitual de sua obra até a mercantilização da mesma para a grande massa consumidora. A dramaturgia original da peça se inspira em cinco referências literárias: Peter Pan, de J.M. Barrie; Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho e o que Alice encontrou por lá, ambas de Lewis Carroll; Michael Jackson – a Magia e a Loucura, de J. Randy Taraborrelli e Para Entender Michael Jackson, de Margo Jefferson. O espetáculo ganhou quatro Troféus Açorianos, edição 2010: Melhor Espetáculo, Direção (Daniel Colin), Figurino (Daniel Lion) e Produção (Palco Aberto Produtora) e foi indicado em mais cinco categorias: Melhor Dramaturgia, Ator Coadjuvante, Iluminação, Cenografia e Trilha Sonora.

Texto: Felipe Vieira de Galisteo e Daniel Colin / Direção Geral: Daniel Colin / Assistência de direção: Tainah Dadda / Direção de atores: Maico Silveira / Elenco: Cassiano Fraga, Cláudio Loimil, Daniel Colin, Eder Ramos, Fernanda Marques, Guadalupe Casal, Priscila Gracez, Renata Teixeira, Ricardo Zigomático, Rodrigo Shalako, Rossendo Rodrigues, Tatiana Mielczarski, Thais Fernandes, Ursula Collischonn / Participação especial: Vitório Azevedo / Contrarregragem: Rafael Lopo /Trilha Sonora Original: Arthur de Faria, Luciano Mello e Marcão Acosta / Operação de som: Tainah Dadda / Preparação vocal: Simone Rasslan / Coreografia e preparação corporal: Diego Mac / Iluminação: Carol Zimmer / Operação de luz: Maíra Prates / Figurinos: Daniel Lion / Cenografia: Elcio Rossini / Vídeo design e operação: Paula Pinheiro / Produção geral: Fernanda Marques e Daniel Colin / Assistência de produção: Marco Mafra / Realização: Teatro Sarcáustico / Financiamento: Fumproarte /Duração: 2h40min (intervalo de 10min) / Classificação: 16 anos

Nomeolvides - Carlos Villalba

Nomeolvides - Carlos Villalba - Argentina
Dias 17 e 18, às 20h – Teatro Renascença

Carlos Villalba é produtor cultural, autor de canções e gestor de algumas iniciativas culturais muito importantes na integração entre Porto Alegre e as principais capitais do Mercosul. Junto com a Orquestra Velázquez, Carlitos, como é conhecido no meio cultural de nossa cidade, apresenta a íntegra de seu primeiro disco, Nomeolvides, trabalho que consumiu três anos até ser apresentado ao público, reunindo alguns dos principais instrumentistas argentinos e convidados especialíssimos, como Alberto Muñoz e Liliana Herrero. Entre os admirados do disco, estão os músicos brasileiros Vitor Ramil e Maurício Pereira. Este último registrou que “mais que um disco de canções, Nomeolvides parece um disco de texturas, que pede para ser escutado do princípio ao fim, cuja soma de todas as composições gera uma única canção maior”. Com toda a orquestra no palco, é uma oportunidade imperdível para o público local conhecer o surpreendente talento musical de um dos mais queridos parceiros do festival.

Composição e voz: Carlos Villalba / Cantores convidados: Alberto Muñoz, Caroline Neal e Liliana Herrero / Direção musical, arranjos e piano: Diego Schissi / Baixo e contrabaixo: Ignácio Varchausky / Guitarra: Alan Platcha / Percussão e bateria: Mario Gusso / Primeiro violino: Gustavo Mule / Segundo violino: Natalia Cabello / Viola: Silvina Alvarez / Violoncelo: Paula Pomeraniec / Clarinete, clarinete baixo, sax barítono : Martín Pantyer / Iluminação: Gabriel Caputo / Som: Coca Monte / Produção musical: Ignácio Varchausky / Produção executiva: Santiago Rosso / Duração: 1h / Classificação: Livre

Histórias de amor líquido

Histórias de amor líquido – RJ
Dias 15, 16 e 17, às 21h – Teatro CIEE

Em 2010, Paulo José emocionou o público porto-alegrense com sua montagem de Um Navio no Espaço ou Ana Cristina César. O espetáculo deu tão certo que a equipe resolveu continuar trabalhando em parceria, decisão que culminou em mais uma encenação inesquecível, inspirada na leitura da obra Amor Líquido – sobre a fragilidade dos laços humanos, do sociólogo alemão Zygmund Bauman. O tema recorrente no livro são os vínculos sociais possíveis no mundo atual, neste tempo que se convencionou denominar de pós-modernidade, com uma radiografia aguda das agruras sofridas pelos homens e mulheres que têm de estabelecer suas parcerias no mundo globalizado. O que permanece do livro na encenação é, em primeiro lugar, a exploração de um conceito: a idéia de líquido, de liquefação. Para Bauman, o mundo globalizado é marcado por relações que se estabelecem com extraordinária fluidez, que se movem e escorrem sem muitos obstáculos, marcadas pela ausência de peso, em constante e frenético movimento. A peça apresenta três histórias originais de ficção, Rua Sem Saída, A Corretora e A Casa da Ponte, que possuem ao todo 13 personagens, mas foram escritas por Walter Daguerre para serem encenadas por apenas cinco atores. Essas histórias são mostradas com outra característica importante: estão fragmentadas ao longo do texto, uma se misturando com a outra, obrigando os atores – que dobram papeis, a passarem de um personagem com extrema rapidez e desenvoltura, formando um panorama contemporâneo sobre os relacionamentos amorosos dos quais fazemos parte hoje em dia.

Texto: Walter Daguerre / Direção: Paulo José / Elenco: Ana Kutner, Bel Kutner, Natália Garcez, Alcemar Vieira e Adriano Garib/ Figurinos: Kika Lopes / Iluminação: Maneco Quinderé / Trilha sonora: Lucas Macier / Produção executiva: Mariana Serrão / Direção de palco: Rodrigo Ávila / Operação de vídeo: Débora Amorim / Duração: 1h40min / Classificação: 16 anos

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Isaías in tese

Isaías in tese
Dia 10, às 19h – Ilha Grande dos Marinheiros – Região 17 - Ilhas
Dia 17, às 17h – Centro Cultural Lomba do Pinheiro – Região 4 - Lomba do Pinheiro

Isaías, o bufão narrador, irônico, acusador e simpático, defende sua tese sobre migração. Citando vários exemplos (for exemples, como ele diz) de migração como a animal, material e humana, entre outras. Um desses exemplos é a viagem de um imigrante nordestino que sai de sua terra à procura de uma situação mais estável e encontra, no sul, um modo de escapar da sina de viver sempre à mercê do tempo, da seca, do árido destino do sertão. Suas dificuldades, esperanças, incertezas, enfim, sua adaptação em terras sulistas, são a matéria contada no espetáculo, num texto elaborado a partir de entrevistas com imigrantes residentes no Rio Grande do Sul. O espetáculo é uma produção do Depósito de Teatro, dirigido por Roberto Oliveira.

Dramaturgia: Francisco de los Santos e Roberto Oliveira / Direção: Roberto Oliveira / Assistência de direção: Isandria Fermiano / Texto e atuação: Francisco de los Santos / Preparação de bufão: Daniela Carmona / Preparação corporal: Luciana Hoppe / Figurinos: Coca Serpa / Iluminação: Carol Zimmer / Operação de luz: Maira Prates/ Trilha sonora: Antonio Macalão de los Santos / Cenário: Rudinei Morales / Fotos: Federico Kiran / Duração: 55min / Classificação: 14 anos

Hybris

Hybris
Dia 11 (Descentralização) e 12, às 20h – Hipódromo do Cristal

O novo espetáculo do grupo Falos & Stercus é uma ponte entre o trágico e o contemporâneo. Nele, as paredes se movem em torno do público para imergi-lo no universo fantástico de personagens emparedados num tempo de desmedidas e questionamentos sobre uma civilização que colocou em risco sua própria existência. O público é jogado dentro de lúdicas instalações do artista plástico Luiz Marasca para vivenciar um surpreendente existencialismo erótico, repleto de provocações e gozo estético. Hybris é a desmedida, a geradora do trágico. É esse o paralelo que a dramaturgia do espetáculo faz com nosso tempo de forma contemporânea e não linear. Ao propiciar o encontro entre o arcaico e o contemporâneo, a montagem compõe uma unidade híbrida, na qual o teatro, a dança e as artes visuais dialogam com fluidez para falar da decadência de uma sociedade de emparedados. Fredericco Restori foi indicado ao Prêmio Açorianos de Teatro 2010 como Melhor Ator Coadjuvante e o espetáculo recebeu o Prêmio Açorianos de Melhor Cenografia para Luiz Marasca, no mesmo ano.

Texto e Direção: Marcelo Restori / Atores: Alexandre Vargas, Bia Noy, Carla Cassapo, Cristina Kessler, Fábio Cunha, Fábio Rangel, Fredericco Restori, Jeremias Lopes e Luciana Paz / Bailarinas: Aline Karpinski, Iandra Cattani e Ju Rutkowski / Coreografia: Aline Karpinski / Preparação Vocal e Pesquisa de Canções Folclóricas: Marlene Goidanich / Tradução do texto em latim: Pedro Gonzaga / Preparação de rappel: Fábio Cunha / Trilha sonora original: 4 Nazzo e Cláudio Bonder / Iluminação: Wagner Pinto e Veridiana Matias / Figurinos: Daniel Lion / Maquiagem: Juliane Senna / Cenário e ambientações: Luiz Marasca / Produção audiovisual: Coletivo Inconsciente / VJ: Biah Werther / Realização: Falos & Stercus / Duração: 1h10min / Classificação: 16 anos

Neva

Neva – Uruguai
Dias 13, 14 e 15, às 22h – Teatro de Câmara

Em São Petersburgo, durante uma tarde de inverno de 1905, enquanto tropas militares reprimem com rigor trabalhadores que se manifestam nas ruas por melhores condições de vida, duas atrizes e um ator tratam de ensaiar num teatro da cidade em frente ao rio Neva. Uma delas é Olga Knipper, famosa atriz do Teatro de Moscou, dirigido pelo célebre Stanislavsky, e esposa do recentemente falecido dramaturgo Antón Tchekhov. Olga se culpa, então, de haver vivido afastada do marido nos últimos anos do matrimônio, enquanto os dois outros atores tratam de ajudá-la a ensaiar O jardim das cerejeiras. Para ajudá-la nessa tarefa, suportando seus ares de diva, Masha e Aleko recriam as circunstâncias reais da morte de Tchekhov em um sanatório alemão. O texto, do chileno Guillermo Calderón, tem sido aclamado por sua reflexão crítica e sarcástica a respeito do próprio fazer teatral, entremeando a situação privada da morte com o drama público da violência política que sacode a Rússia, num espetáculo pungente e emocionante.

Texto: Guillermo Calderón / Direção: Álvaro Correa / Elenco: Bettina Mondino, Paola Venditto e Moré / Figurino: Verônica Lagomarsino / Trilha sonora: Ariel Caldarelli e Leonel Leymonie / Iluminação: Pablo Caballero / Cenário: Bibiana Cabral e Ximena Seara / Sombras: Grupo Aquinomás (Tâmara Couto, Rodrigo Abelenda e Fernando Besozzi) / Duração: 1h10min / Classificação: 12 anos