Histórias de amor líquido – RJ
Dias 15, 16 e 17, às 21h – Teatro CIEE
Em 2010, Paulo José emocionou o público porto-alegrense com sua montagem de Um Navio no Espaço ou Ana Cristina César. O espetáculo deu tão certo que a equipe resolveu continuar trabalhando em parceria, decisão que culminou em mais uma encenação inesquecível, inspirada na leitura da obra Amor Líquido – sobre a fragilidade dos laços humanos, do sociólogo alemão Zygmund Bauman. O tema recorrente no livro são os vínculos sociais possíveis no mundo atual, neste tempo que se convencionou denominar de pós-modernidade, com uma radiografia aguda das agruras sofridas pelos homens e mulheres que têm de estabelecer suas parcerias no mundo globalizado. O que permanece do livro na encenação é, em primeiro lugar, a exploração de um conceito: a idéia de líquido, de liquefação. Para Bauman, o mundo globalizado é marcado por relações que se estabelecem com extraordinária fluidez, que se movem e escorrem sem muitos obstáculos, marcadas pela ausência de peso, em constante e frenético movimento. A peça apresenta três histórias originais de ficção, Rua Sem Saída, A Corretora e A Casa da Ponte, que possuem ao todo 13 personagens, mas foram escritas por Walter Daguerre para serem encenadas por apenas cinco atores. Essas histórias são mostradas com outra característica importante: estão fragmentadas ao longo do texto, uma se misturando com a outra, obrigando os atores – que dobram papeis, a passarem de um personagem com extrema rapidez e desenvoltura, formando um panorama contemporâneo sobre os relacionamentos amorosos dos quais fazemos parte hoje em dia.
Texto: Walter Daguerre / Direção: Paulo José / Elenco: Ana Kutner, Bel Kutner, Natália Garcez, Alcemar Vieira e Adriano Garib/ Figurinos: Kika Lopes / Iluminação: Maneco Quinderé / Trilha sonora: Lucas Macier / Produção executiva: Mariana Serrão / Direção de palco: Rodrigo Ávila / Operação de vídeo: Débora Amorim / Duração: 1h40min / Classificação: 16 anos
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