Dez anos depois de escrita, em 1948, o cinema abriu a história para o mundo: uma família disfuncional. Uma mãe (Alicia Garateguy), diabética e dependente de insulina, extremamente cúmplice do seu filho. Um filho (Sergio Muñoz) extremamente carinhoso com sua mãe, a quem chama de “Sofi” e com quem compartilha a cama, quando o pai está longe. O pai (Roberto Bornes), Jorge, tem um caso com a jovem Magdalena (Noelia Campo), namorada do filho. A cunhada, Leo (Carla Moscatelli), suspira por Jorge e tem planos para o seu futuro. Em Los padres terribles as relações não são como parecem. O segredo familiar impera e o caos começa quando o filho está ausente. É uma das peças do quebra-cabeça que está perdido. Aos expectadores, a informação é privilegiada desde o início: o filho está namorando.
Dirigida por Alberto Zimberg, a montagem é uma comédia negra, selvagem, imprevisível em que os adultos do mundo são como as crianças: cometem um erro atrás do outro, pequenos crimes, autorizados por sua falta (?) de moral. O espetáculo é feito para divertir, para sacudir, deleitar e desorientar: a família se retorce na agonia de suas paixões sempre equivocadas. E só foi produzida graças à amável autorização de Pierre Bergé, presidente do comitê Jean Cocteau a quem o 17º Porto Alegre em Cena agradece.
*
Texto: Jean Cocteau / Direção: Alberto Zimberg / Elenco: Roberto Bornes, Noelia Campo, Alicia Garateguy, Carla Moscatelli e Sergio Muñoz / Figurino: Paula Villalba / Cenário: Claudia Schiaffino e Beatriz Martínez / Iluminação: Martín Blanchet / Trilha sonora: Ojos del Cielo / Produção executiva: Andrea Ferraz-Leite / Duração: 1h15min / Classificação: 18 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário