Nascido em Waco, Texas, Robert Wilson foi educado na Universidade do Texas e no Brooklyn’s Pratt Institute, onde ele desenvolveu interesse por arquitetura e design. Em Nova Iorque, na metade dos anos 60, encontrando-se entre o trabalho dos coreógrafos pioneiros George Balanchine, Merce Cunningham e Martha Graham, entre outros, reuniu um grupo de artistas, que ficou conhecido por The Byrd Hoffman School of Byrds. A partir daí, grandes produções teatrais estrearam levando seu nome para o mundo: The King of Spain, The Life and Times of Sigmund Freud, Deafman Glance, KA MOUNTain and GUARDenia Terrace, The Life and Times of Joseph Stalin, A Letter for Queen Victoria, Einstein on the Beach (com o compositor Philip Glass), Death Destruction & Detroit e Death Destruction & Detroit II, The Black Rider, Alice, Time Rocker, e POEtry. Entre as muitas óperas dirigidas por Wilson, podem ser destacadas: Parsifal e Lohengrin de Richard Wagner, The Magic Flute de Wolfgang Amadeus Mozart, Madame Butterfly de Giacomo Puccini, e Pelléas et Mélisande de Claude Debussy.
Ao longo dos anos, Wilson apresentou adaptações inovadoras de escritores como Virginia Woolf (Orlando), Henrik Ibsen (When We Dead Awaken), Gertrude Stein (Doctor Faustus Lights the Lights, Four Saints in Three Acts, e Saints and Singing), Heiner Müller (The CIVIL wars, Hamletmachine e Quartet). Com a escritora Susan Sontag, Alice in Bed e Lady from the Sea. Com David Byrne, The Knee Plays e The Forest. Com o poeta Allen Ginsberg, Cosmopolitan Greetings e com o artista performático Laurie Anderson, Alcestis, de Eurípides. Com a cantora lírica Jessye Norman, Great Day in the Morning. Com o cantor e compositor Tom Waits e o escritor William S. Burroughs, Wilson criou a produção de grande sucesso The Black Rider: The Casting of the Magic Bullets, além de Woyzeck, The Temptation of St. Anthony e Leonce und Lena, esse último com o cantor alemão Herbert Grönemeyer.
Tendo já recebido duas vezes os prêmios Rockefeller e Guggenheim, Wilson foi honrado também com vários destaques por sua excelência artística. Pode-se destacar: o Prêmio Pulitzer em Drama, o Prêmio Abbiati da Italian Music Critics Association, o Italian Premio Ubu Awards, o German Theater Critics Award, a Honra Institucional do American Institute of Architect e o American Theatre Wing Design Award. Wilson também já foi ganhador de um Bessie Award, um Direction Obie Award, um Direction Drama Desk Award, o Premio Europa Award of Taormina Arte e o Harvard Excellence Design Award. Talvez entre todos, os mais importantes sejam o título de Doutor Honoris Causa a ele conferido pelo Pratt Institute, pelo California College of Arts and Crafts e pela University of Toronto. Em uma cerimônia na Casa Branca, em 2001, o Smithsonian Institution presenteou-o com o National Design Award. A França o nomeou Comendador de Artes e Letras em 2002. Em 2009, ele foi premiado com o Hein Heckroth Price pelo seu projeto Gießen e a Medalha de Artes e Ciências de Hamburgo.
Em 2007, a Paula Cooper Gallery e a Phillips de Pury & Company, em Nova Iorque, organizaram as exibições de seu mais recente trabalho, o Robert Wilson Video Portraits. Os temas dessa série são vídeos em alta definição de Brad Pitt, Gao Xingjian, Winona Ryder, Jeanne Moreau, Mikhail Baryshnikov, Renee Fleming, incluindo também o vídeo de vários animais. Esse trabalho já foi mostrado no Tribeca Film Festival, Nova Iorque, em galerias e museus de Los Angeles, Nápoles, Moscou, Singapura, Graz, Milão, Hamburgo e continuará cumprindo temporada internacional pelos próximos anos. Em setembro, a exposição estará participando do 17º Porto Alegre em Cena, numa união do Festival com o Santander Cultural.
Um comentário:
Só hoje estive vendo a fantástica exposição do Bob Wilson, nos magníficos salões do Santander. Interessante, moderno, inovador, forte, instigante, colorido são só alguns dos adjetivos adequados ao evento. Já tinha visto Quartet, também pelo POA Em Cena, que obedece à mesma estética impressionante. Adorei agora, também.
Aliás, aproveito para dizer da minha enorme admiração por este maravilhoso evento que inclui Porto Alegre no circuito nacional e internacionbal das artes.
Que o Em Cena continue para sempre. Tomara!
Na minha opinião, e com o maior respeito a todos que lutam pelo desenvolvimento das artes neste Estado, a atividade cultural no Rio Grande do Sul pode ser dividida em dois períodos, antes e depois do Luciano Alabarse.
Parabens, Luciano!
célia Alves
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