... se você, às vezes, duvida da roupa adequada para um casamento, para um funeral ou para um batismo, se não sabe como deve chamar o seu filho, ou de que maneira usar os talheres, deve conhecer “Regras, usos e costumes na sociedade moderna”. E se não tem essas dúvidas e leva esses conhecimentos para vida prática, então, deves conhecer essa obra para entender para o quê essas regras servem.
uma sociedade, uma cidade, uma civilização que renuncia a parte de imprevistos, suas dúvidas, sua desenvoltura. Uma sociedade que se contenta a si mesma que se deixa levar pela contemplação mórbida e orgulhosa e sua própria imagem... Uma sociedade magnífica, considerando que assim que se nela crê, sendo também a única que realmente se compreende. Uma sociedade morta.
Em um sarau literário franceês, o personagem de uma Dama, inspirada na figura da baronesa Blanche Staffe, oferece uma reunião sobre o comportamento correto na sociedade. Como uma espécie de detentora da tradição, ela detalha com precisão as diferentes regras que devem ser respeitadas na organização das principais cerimônias que marcam a vida: batismo, noivado, casamento, bodas de prata, de ouro e enterro. Obcecada por assegurar o exaustivo respeito à estética oficial em todas as suas variantes, ela expõe comentários pessoais, amargos ou poéticos, como se quisesse apropriar-se do jogo da vida, controlar-lo, reconhecer-se como espelho do mesmo. No fundo, talvez, ela nos conta o fracasso da vida organizada, da previsão, da construção da felicidade por meio das aparências. O que vemos é o temor do imprevisto, da imprecisão, da desordem.
O termo “sarau” se associa ao de reuniões literárias e filosóficas francesas dos séculos XVII e XVIII. Tratava-se de uma reunião que se celebrava em casa de um anfitrião. Sua finalidade era a de desfrutar da companhia amena, refinar o gosto e ampliar conhecimentos mediante a conversação e a leitura. Pouco a pouco, ocorria a definição dos fins da poesia do poeta clássico Horácio: agradar e educar (aut delectare out prodesse est). Ainda hoje sua prática permanece em todo o mundo.
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De: Jean Luc Lagarce / Tradução: Fernando Gomez Grandes / Adaptação: Ernesto Calvo / Direção: Ernesto Calvo / Elenco: Gerardo Begérez / Figurino: Mario Perez Tapanes / Iluminação: Javier Garcia / Duração: 1h / Classificação: 16 anos
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