E, assim, começa “Cancioneiro Rojo”, um espetáculo surdo e absurdo. Uma viagem na história da humanidade feita não por dois filósofos, dois historiadores, sociólogos, cientistas. Mas dois palhaços, Neto (Dario Levin) e Una (Lila Monti). A inocência, a graça, a teimosia dos palhaços que, movidos por curiosidade e rebeldes ao conformismo resolvem pesquisar nos personagens e nas situações duras da história explicações para hoje.
Duas malas. Um palco vazio. Os dois atores vivem seus personagens num campo pleno e fértil. Ali podem construir centenas de anos e várias situações. O espetáculo, que estreou em 2007, veio depois de Cancionero Negro, cheio de canções de amor. Ambos são o resultado de uma trajetória de pesquisa que envolveu e envolve cursos, nomes e participações importantes em várias oportunidades pelo mundo. Só para citar um, Levin foi aluno na escola de Philippe Gaulier, na França.
A linguagem de quem pergunta mais que reponde faz criar uma profunda reflexão sobre a vida, sobre os fazeres sobre o hoje, embora sejamos convidados a olhar para o ontem. Enquanto sorrimos, a dureza triste aparece. O divertimento nos convida ao trabalho. Os minutos passam, mas o que vemos são séculos.
"Cancionero Rojo" já participou do V Festival Internacional de Teatro del Oriente Antioqueño, XIV Festival Internacional de Arte y Cultura Ricardo Nieto (Colombia). Também do Festival Patacómico del Bolsón e da Pequeña Gira Patagónica, além do IX Encuentro Internacional de Teatro "Otoño Azul".
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Ficha Técnica:
Diretor do Espetáculo: Lorena Vega
Autor: Lila Monti e Dario Levin e Lorena Vega
Elenco: Lila Monti e Dario Levin
Assistência de Direção: Mariano Mandetta
Iluminador: Ricardo Sica
Figurinos: Mariela Berenbaum
Cenário: Valeria Álvarez
Trilha Sonora: Agustin Flores Muñoz
Editor de Som: Guilhermo Rey
Coreografia: Lucio Baglivo
Arte Gráfica: Petre
Fotografias: Ezequiel Kopel
Produção Executiva: Rebeca Checa
Duração do espetáculo: 1h10min
Classificação: Livre
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