O homem e seu incessante desejo de dominar. O homem e seu senso de ser parte de um time. O homem e sua necessidade de se arriscar, de confrontar-se, de pertencer a um grupo. Philippe Saire (1957), coreógrafo argelino radicado na Suíça, internacionalmente aclamado pelas suas mais de quarenta coreografias assinadas, fundador, em 1986, da
Compagnie Philippe Saire, usa uma poderosa dança para dar corpo a essas imagens. As numerosas facetas masculinas identificam o homem quando em oposição à mulher: o espírito de grupo, a solidariedade, o confrontamento, a reconciliação, a evasão são algumas das idéias que o “ser masculino” pode potencializar em sua complexa humanidade. Cinco dançarinos partem dessas sugestões para experimentar, com o corpo, relações físicas que agrupam, que inspiram e concretizam alguns códigos dentro do universo da arte. Em “
Lonesome Cowboy”, vemos a linguagem corporal expressa por dançarinos cuja generosidade alcança a exaustão. Inicialmente criada para cinco artistas, a coreografia ganhou mais um bailarino. Hoje, a simetria voltou a ser dispensada. O espetáculo viaja pelo mundo com a idéia original de cinco pessoas em cena.
Questionamentos. Identidade. Força. O espetáculo de dança conversa, propõe e estabelece nada a não ser a proposta de. “Lonesome Cowboy” convida e seu convidar é vivo, é pulsante, é instigante ao convite, externo ao olhar do convidado. Um espetáculo viril em que a sensualidade masculina é explorada e exploradora. Como um todo, sentimos a força do homem dominar a cena e, então, descobre-se o olhar masculino a partir de pontos de vista não fáceis de ser utilizados. Mas reconhecíveis.
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Ficha Técnica:
Coreografia: Philippe Saire e seus dançarinos
Dançarinos:
Philippe Chosson
Pablo Esbert Lilienfeld
Matthieu Guénégou
Mickaël Henrotay Delaunay
Richard Kaboré
Figurinos: Isa Boucharlat
Desenho de Luz: Laurent Junod
Desenho de Som: Christophe Bollondi
Direção de Som: Jérémie Conne
Cenário: Sylvie Kleiber
Direção de Arte: Philippe Weissbrodt
Direção de Palco: Dominique Dardant e Yann Serez
Administração: Didier Michel
Assistente de Produção: Muriel Imbach
Realização: Claude Champion
Parceiros: Tennis-Club Lausanne e Ville de Lausanne, Etat de Vaud, Pro Helvetia – Swiss Arts Council, Loterie Romande.
Duração: 1h
Classificação: 16 anos
2 comentários:
Homens, brita e suor ...interessantes recortes sobre masculinidades!
Que porcaria, por isso que a dança não tem seu valor reconhecido, fazem qualquer coisa e dizem que é arte, pff. Caricato e fraco demais, não tem dança nem teatro nisso, só uma encenação barata da divagação de seu criador.
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